Manifesto dos metroviários repudia voto em Alckmin

Por unanimidade, a diretoria da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) aprovou um manifesto com o título ''Fenametro diz não à Alckmin''. O texto conclama os trabalhadores da categoria a não permitirem o retrocesso no Brasil e a volta d

A entidade se reuniu em seminário no Rio de Janeiro, realizado nos dias 4, 5 e 6 de agosto. ''É possível'', afirma a nota da Fenametro, ''que nunca se tenha visto no Brasil uma campanha tão rasa e tão farisaica quanto à da oposição do PSDB-PFL ao governo atual''. O repúdio a Alckmin reflete, sobretudo, sua péssima gestão no governo de São Paulo. Os metroviários paulistas enfrentaram – e enfrentam -, com valentia, a onda neoliberal que contamina o estado.


 


Exemplo desse empenho é que, na próxima terça-feira (15), a categoria fará novo protesto contra a privatização da Linha 4 – Amarela, com o objetivo de alertar a população e pressionar o Metrô e o governo do Estado. Na última terça (8), o Metrô de São Paulo, burlando os tramites jurídicos, publicou no Diário Oficial do Estado a convocação para que as empresas interessadas em participar da licitação da Linha 4 comparecerem na sede da empresa, para apresentar suas propostas. Há pelo menos 17 irregularidades no processo.


 


Confira a nota da Federação Nacional dos Metroviários
 


FENAMETRO DIZ NÃO À GERALDO ALCKMIN


 


O momento em que vivemos no Brasil com a aproximação das eleições, é um momento que devemos refletir sobre nosso futuro, o futuro de todos (as) brasileiros (as), e de maneira mais específica o do sistema metroferroviário no país.


 


Eleições num país como o nosso, com forte tradição de lutas por direitos democráticos, são sempre episódios relevantes da batalha que as forças progressistas travam com os agrupamentos conservadores. A inserção das propostas democráticas em grandes camadas da sociedade demonstra o potencial para se operar transformações profundas no país. O desafio é transformar essa força em um movimento político que expresse claramente os interesses gerais da nação. Os conservadores sabem que essa iniciativa pode unificar, no plano político, a consciência progressista de grande parte da sociedade e trabalham para desmobilizá-la.


 


É possível que nunca se tenha visto no Brasil uma campanha tão rasa e tão farisaica quanto à da oposição do PSDB-PFL ao governo atual. A direita conservadora, liderada por essa dupla, empilha razões que escondem o essencial: eles não gostam nem um pouco da hipótese de que candidaturas de esquerda possam novamente ser vitoriosas nas eleições. Não são, portanto, adversários só de uma pessoa, mas de uma idéia. Se esse fato fosse admitido, o debate pelo menos ganharia em transparência.


 


É necessário que travemos batalhas contra essa elite conservadora que age para suprimir direitos sociais, que luta com unhas e dentes para manter a imprensa a seu serviço, que abomina qualquer iniciativa que visa à distribuição de renda e que desqualifica qualquer conceito de estado de corte desenvolvimentista e soberano.


 


Sendo assim, devemos lutar para evitar o retrocesso já conhecido pelo povo brasileiro em especial pelos metroviários do Brasil. Portanto, votar em Geraldo Alckmin é permitir o retorno dessa elite conservadora e a volta da aplicação do projeto neoliberal, que passa pelas privatizações das empresas estatais que sobraram da era FHC. Permitir a vitória dessa candidatura é frear os avanços alcançados pelo povo brasileiro nos últimos 04 anos.


 


Neste sentido, nestas eleições, o movimento sindical e de maneira mais específica, a FENAMETRO, pode e deve trabalhar pela unidade e fortalecimento dos Movimentos Sociais – através da CMS – apontando para candidaturas que tenha em sua plataforma eleitoral políticas que vão de encontro a um projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e valorização do trabalho, que radicalize na democracia, que faça investimentos nos transportes sobre trilhos, e ao mesmo tempo invista na integração solidária da América Latina.


 


CONTRA O RETORNO DA POLÍTICA NEOLIBERAL.


 


PELO APROFUNDAMENTO DA DEMOCRACIA.


 


POR MAIS INVESTIMENTOS NO TRANSPORTE METROVIÁRIO PÚBLICO, ESTATAL E DE QUALIDADE.


 


NÃO AO VOTO EM GERALDO ALCKMIN.