Israel teima em ocupar sul do Líbano até chegada de tropas da ONU

No terceiro dia do cessar-fogo que parou temporariamente a agressão israelense contra o Líbano, o chefe do Estado-Maior de Israel, general Dan Halutz, revelou nesta quarta-feira (16/8) que seus soldados permanecerão no sul do Líbano até a chegada das t

“Israel permanecerá no sul do Líbano até a chegada da força multinacional, mesmo que isso leve meses”, trovejou Halutz, em declaração transmitida pela rádio das forças armadas israelenses.


 


O líder do Hezbolá, xeque Hassan Nasrallah, respondeu à provocação dizendo que seus combatentes não interromperão os ataques contra as tropas israelenses que ainda insistem em ocupar o sul do Líbano.


 


A ONU pediu reforços militares, pois a trégua estará em risco caso não cheguem os 15 mil soldados determinados pela resolução 1.701, que instaurou o cessar-fogo. Nenhum país assumiu um compromisso firme de enviar tropas até agora. O primeiro anúncio sobre as novas tropas deve ser feito só amanhã.


 


Centenas de mortos


 


Nesta quarta-feira, mais de cem corpos foram retirados de diferentes pontos do Líbano que estão cobertos por escombros, inclusive na capital Beirute, segundo serviços de resgate da Cruz Vermelha.


 


Até agora, as buscas por corpos ainda não tiveram início nos vilarejos localizados na fronteira, região intensamente bombardeada por Israel e que provavelmente abriga grande número de corpos escondidos sob destroços. Em Beirute, os corpos de 13 pessoas, entre elas sete crianças e um bebê, apareceram sob as ruínas de um prédio atacado por aviões israelenses no último domingo (13), na véspera do cessar-fogo.


 


O último balanço oficial de mortos divulgado nesta segunda-feira apontava 1.200 civis mortos no Líbano –cujo total descarta as vítimas presas sob os escombros. Em Israel, os mortos somam cerca de 200, a maioria militares. O conflito gerou ainda 1 milhão de deslocados e bilhões de dólares em prejuízos.