Análises dos programas eleitorais

A avaliação dos programas eleitorais pelos jornalistas tocantinenses é o destaque de hoje na imprensa do estado. Veja a resenha feita por Carlos Pompe.

Jornal do Tocantins


 


Agenda dos candidatos A quarta-feira foi marcada por filiações em apoio a Siqueira Campos (PSDB) e Marcelo (PMDB). A vereadora Iara Braga (ex-PMDB), de Porto Nacional, e o presidente da Câmara Municipal de Silvanópolis, Laurindo dos Santos Oliveira (ex-PPS), apóiam Siqueira. Após as filiações, Siqueira recebeu cerca de 40 prefeitos em seu escritório. Apoiando Marcelo estão o ex-prefeito de Alvorada, Divino Alves Campos, e o presidente da Câmara Municipal daquela cidade, Eliseu Angott Barbosa, que deixaram o PL e aderiram ao PPS. O vereador de Figueirópolis, Pinto dos Reis, saiu do PSDB e fica sem partido. Professor Elísio (PSOL) e Capitão Azevedo (PSDC) se reuniram com as respectivas coordenações de campanha e lideranças. Quintanilha (PCdoB) esteve em Palmas, participou dos festejos do Bonfim e foi para Natividade. Hoje Marcelo estará d em Araguaína. Siqueira tomará café da manhã com funcionários que trabalham na obra de um campus da Universidade Católica, em Palmas, irá a Taquaralto e Taquaruçu. Quintanilha participa da missa dos romeiros de Senhor do Bonfim e grava programa em Palmas. Professor Elísio dá entrevista a um jornal, participará de entrevista na TV Anhanguera, reúne-se com alunos da UFT e participa do lançamento de um livro sobre povos indígenas. Capitão Azevedo vai gravar para o programa eleitoral.


 


Programa eleitoral sem ataques Siqueira apresentou seu histórico político e destacou sua preocupação sobre economia do Estado. Marcelo se apresentou para o público e mostrou números positivos de sua administração. Quintanilha se apresentou e reforçou ser a alternativa para o eleitorado, ressaltando seu compromisso de valorizar o ser humano. Professor Elísio (PSOL) e Capitão Azevedo (PSDC) falaram de seus históricos políticos. Elísio destacou o combate à corrupção; Azevedo propôs a criação de uma Universidade Estadual gratuita e maior investimento em Segurança.


 


Disputa pelo Senado Kátia (PFL) apresentou-se e falou que quer que o povo concretize vontades e realize seus (do povo) ideais. Cláudio Dallabrida (PSDC) disse que os atuais senadores não defendem os interesses do povo tocantinense como deveriam. Weder dos Santos (PSOL) apresentou-se como mestre de obras. Célio Moura (PT) relembrou sua amizade com Lula e falou que pretende cuidar da educação e da saúde. Eduardo Siqueira Campos (PSDB) disse que não votou contra o empréstimo concedido ao Estado e que a educação está entre suas preocupações .


 


Marcelo na TV Anhanguera O candidato à reeleição destacou a continuidade do processo de industrialização do Estado e da capacitação do trabalhador como medidas para combater o desemprego e aquecer a economia do Estado. Sobre a acusação de que o programa Governo Mais Perto de Você, interrompido por determinação da Justiça, teria fim eleitoreiro e assistencialista, respondeu que é uma ação de Governo que estava no orçamento e cumpria uma ação municipalista. Sobre o seu salário, que chega a cerca de R$ 28 mil, disse que foi aprovado pelo poder legislativo e equiparado com o do desembargador e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Sobre a participação numa empresa de São Paulo, em vez de investir no próprio Estado, disse se tratar de um bem de família em função de um parente que se mudaria para o estado paulista. O candidato ao Governo do Estado pelo PSOL, Professor Elísio, foi o entrevistado de hoje do programa.



 


O tom de Leomar O candidato do PCdoB adotou uma bandeira clássica – a educação. Este discurso faz parte das origens do candidato, que já foi Secretário Estadual da Educação. Além disso, a bandeira da educação acalmou a militância comunista, a quem este discurso é agradável. Porém, a educação representa um problema para apenas 14% dos entrevistados pela pesquisa feita pelo Instituto Serpes, que foi publicada pelo Jornal do Tocantins. A mesma pesquisa que mostrou Leomar com apenas 1% das intenções de voto. Prova de que o discurso de Leomar não vem agradando. Para dar um gás na campanha, Leomar começou a abordar outros temas de maior preocupação entre os eleitores, como, por exemplo, o desemprego – problema apontado por 57,4% dos entrevistados pela pesquisa Serpes/JTo. Esta mudança foi vista nitidamente na entrevista que deu à TV Anhanguera na terça-feira. Leomar falou pouquíssimo em educação e muito em propostas da geração de emprego e industrialização do Estado. Talvez esta seja uma prova de que caiu a ficha. O senador estava com a resposta na ponta da língua quando foi questionado dos boatos sobre uma possível ligação dele com Siqueira Campos ou com Marcelo Miranda. “Eu estou concorrendo para valer. Quero oferecer à população do Tocantins a oportunidade de mudança”, disse. Além de chamar seus adversários de UT1 e UT2. De 2002 para cá, Leomar Quintanilha foi de um extremo a outro da vida partidária. Elegeu-se pelo PFL (direita), mudou-se para o PMDB (centro) e hoje concorre ao Governo pelo PCdoB (esquerda). Quando questionado na entrevista sobre o que achava sobre fidelidade partidária, Leomar respondeu que acha “a fidelidade importante”, mesmo com toda sua trajetória partidária.



 


Estratégia da UT A estratégia da UT de se dividir para ocupar espaços no Estado vem depois de outra estratégia usada na pré-campanha, que era de colar o candidato à reeleição ao Senado, Eduardo Siqueira Campos (PSDB), ao candidato ao Governo, Siqueira Campos (PSDB). A mudança de rumo no planejamento da campanha, muito provavelmente, deve ser fruto de pesquisas qualitativas.


 


Obras sob investigação O TCU pode mudar os rumos do processo nº 6653, de 2000, que analisa o superfaturamento nas obras da BR-153, entre Wanderlândia e Xambioá, e da BR-230, entre Aguiarnópolis e Luzinópolis. Tem dois relatórios de auditoria com parecer do secretário de Controle Externo do TCU, Ricardo Eustáquio, sobre a inexistência de superfaturamento nas licitações, pois foram comparados apenas os preços cobrados ao de mercado. “O superfaturamento na execução das obras não foi analisado pelo TCU e a auditoria não pode ser considerada definitiva porque nem passou por julgamento no TCU”, afirma. Inquéritos abertos na Superintendência da Polícia Federal do Tocantins apuram irregularidades nas obras e em serviços de engenharia nas duas estradas e, também, em outras do Estado. O material usado na pavimentação co não corresponde ao especificado no contrato com as empreiteiras. Se juntadas ao processo, as informações podem ser usadas no julgamento do TCU e a auditoria, refeita, inclusive com a participação dos peritos da PF. Entre as envolvidas, estariam a Egesa Empreendimentos, de Belo Horizonte (MG), e a Via Engenharia, de Brasília, responsáveis pelas obras, realizadas entre os anos de 1996 e 2000. Foram investigados também os contratos para construção da BR-235, entre Pedro Afonso e Santa Maria, obra que nem chegou a começar. No mesmo processo, consta a BR-242, trecho entre Peixe, Paranã e Taquatinga, a única liberada. Segundo o superintente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) no Tocantins, Rômulo do Carmo Ferreira Neto, esta última continua paralisada, pois o contrato com as empresas Egesa, Centro Minas, Via Engenharia, EIT e Construmil venceu em 2003 e ainda não foi renovado.


 


CPI do Narcotráfico O presidente da CPI do Narcotráfico, deputado José Santana (PT), pedirá a quebra do sigilo bancário de Misilvan Chavier dos Santos, o Parceirinho, traficante que está sendo investigado pela comissão.


 


Ônibus mais caro A passagem de transporte coletivo de Palmas poderá sofrer um reajuste de 37%, com o preço passando de R$ 1,70 para R$ 2,33. É o que propõe o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário Urbano de Passageiros do Tocantins (Seturb). As quatro empresas que operam na Capital não estariam conseguindo suportar as altas dos combustíveis e os salários dos empregados.


 


Reserva para os Krahô-Kanela Hoje será assinada portaria que destinará mais de R$ 8 milhões para a aquisição da área de cerca de 7 mil hectares destinada à criação da primeira etapa da reserva indígena dos Krahô-Kanela, no município de Lagoa da Confusão. Desde 29 de julho cerca de 80 índios estão acampados às margens do Rio Javaé, próximo às fazendas que devem ser compradas, para pressionar os órgãos a concluírem o processo previsto ainda em 2005.


 


Nova leitura da saga dos Akroá Os Akroá e outros povos indígenas nas Fronteiras do Sertão – As práticas das políticas indígena e indigenista no norte da capitania de Goiás – Século XVIII. Não é só o título do livro que a historiadora Juciene Ricarte Apolinário lança hoje, em Palmas, que é grande. O seu conteúdo, que entre outras coisas questiona pontos importantes da história oficial sobre os índios tocantinenses, também promete gerar grande polêmica.


 


Mortes por afogamento triplicam A campanha SOS Praia revelou que as mortes por afogamento em julho triplicaram em relação a julho do ano passado. Foram duas mortes contra seis deste ano. Ontem, foi encontrado o corpo do estudante que havia desaparecido no Lago de Lajeado após pular da ponte Palmas-Paraíso.


Incêndio na Serra do Estrondo Um incêndio destruiu dois hectares da Serra do Estrondo, em Paraíso e aumentou as estatísticas de queimadas no Estado, que desde a semana passada ocupa o segundo lugar no ranking nacional de queimadas. Na semana passada o registro pelo satélite NOAA-12, do Ibama, era de 45 focos identificados em todo o Estado, enquanto no último dia 15 foram captados 94 focos.


 


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Adesão a Marcelo O ex-prefeito de Álvorada Divino Alves Campos e o presidente da Câmara da cidade, Eliseu Angott Barbosa, deixaram o PL e o vereador de Figueirópolis, Pinto dos Reis, saiu do PSDB. As duas lideranças do PL devem ingressar no PPS e Reis ainda não definiu seu futuro partidário.


 


Campanha entre servidores A primeira-dama, Dulce Miranda, visitou as secretarias de Segurança Pública e Saúde e a Assembléia Legislativa, acompanhada da mãe do governador.


 


Célio Moura x pesquisas O candidato ao Senado pelo PT enfatizou que as pesquisas feitas no norte do Estado “não batem”, pois, os entrevistadores “só perguntam pela intenção de voto de dois candidatos, e as questões são polarizadas”. De acordo com o candidato, Eduardo Siqueira Campos (PSDB) e Kátia Abreu (PFL), “caíram nas pesquisas”.


 


Isac com Siqueira Quem esteve no comício da UT nas Arnos foi o ex-presidente do Naturatins, Isac Braz Cunha.  Na União do Tocantins, quem não anda muito feliz é um grupo de lideranças jovens, que se diz excluído da coordenação desse segmento utista. Esse grupo afirma que a juventude siqueirista foi “elitizada”. “Apenas a elite da UT tem vez e voz”, afirmou um dos descontentes.


Programas “mornos” Ligeiros ataques predominaram contra Marcelo. O único candidato que não falou na abertura do horário eleitoral gratuito de TV foi Leomar Quintanilha. O programa da coligação entre PT e PCdoB teve um descompasso entre som e imagem. Segundo Célio Moura, a produtora reconheceu que foi ela quem cometeu o deslize. O candidato petista revelou que a coligação estuda uma ação no TRE para que o programa seja reapresentado. UT – O programa foi aberto com a pesquisa do Sensus e do Serpes. Siqueira alfinetou o atual governo, sem citar nomes. PSDC apresentou um resumo das ocupações do Capitão Célio de Azevedo. Ele prometeu implantar a Universidade Estadual Pública e Gratuita, criar a Força de Segurança Estadual, dar autonomia administrativa e financeira à Diretoria da Polícia Civil, potencializar o turismo, e aumentar o teto salarial principalmente dos servidores que ganham até R$ 700. PSOL trabalhou um tom de ironia, com animação, e foi bastante criativo. Segundo o professor Elísio Gonçalves, a corrupção tira dos brasileiros R$ 75 milhões por ano, três vezes o orçamento da saúde. O brasileiro, segundo ele, trabalhar quatro meses e 13 dias só para pagar impostos. “Quando essa grana acaba, eles saem por aí pedindo mais dinheiro emprestado”, disse, apresentando imagens de jornal com notícias do Estado discutindo o empréstimo junto ao banco italiano MCC. Leomar Quintanilha não se pronunciou no programa, que trabalhou imagens suas. A vice, Zaira Miranda, destacou ser a única candidata a vice-governadora. O programa criticou o modelo de gestão do governo do Estado. As propostas de Leomar vão “libertar” o Estado do “antigo modelo de troca de famílias no governo”. “Os candidatos que governam o Tocantins há mais de dez anos, só para os seus, pelo poder e para o poder”, afirmou a locutora. Leomar “governará para as pessoas”. O programa destacou ainda que a coligação é composta “pelas mesmas forças que vão reeleger o presidente Lula”. Marcelo disse porque quer ser reeleito: “Porque eu posso servir mais, posso fazer mais para a população”, respondeu ele. Explicou o rompimento com a UT: “Ou você toma coragem e toca para frente, ou você fica para trás, preso no passado”.


 


Produtor de álcool matogrossense no Tocantins O representante da destilaria matogrossense Libra, Celso Ticianeli, quer implantar uma destilaria no Tocantins a longo prazo, em parceria com a fazenda Dois Rios.