Datafolha: Lula obtém aprovação recorde e venceria no 1º turno

Sete dias após o início do horário eleitoral gratuito, o Datafolha divulgou uma pesquisa de intenção de voto para a Presidência que mede os primeiros efeitos da propaganda na TV. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, subiu pa

Já Heloísa Helena (PSOL) caiu de 12% para 11%. Cristovam Buarque (PDT), mais uma vez, obtém 1% das intenções de voto. José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Costa Pimenta (PCO), não atingem 1% das menções, como já ocorria no levantamento anterior. Pimenta teve sua candidatura indeferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas seu partido enviou recurso contra a decisão e, por isso, seu nome foi incluído no levantamento. Votariam em branco ou anulariam o voto 6% e se declaram indecisos 7% dos eleitores.


 


O levantamento foi realizado entre 21 e 22 de agosto. O Datafolha ouviu 6279 eleitores em 272 municípios do país, nos dias 21 e 22 de agosto. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Se a eleição fosse realizada hoje, Lula seria eleito no primeiro turno, com 56% dos votos válidos.


 


A pesquisa também mostra que o governo do petista atinge aprovação recorde: Lula obtém a maior taxa de aprovação a um presidente desde que o Datafolha começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo Federal, em 1990, durante o governo de Fernando Collor de Mello.


 


Hoje, 52% consideram o desempenho do petista “ótimo” ou “bom”. A taxa já havia crescido sete pontos percentuais entre julho e o início de agosto, tendo passado de 38% para 45%. O governo Lula é regular para 31%, ou seja, cinco pontos a menos do que os 36% da pesquisa anterior. Diminuiu também – 18% para 16% – o número de eleitores que acham que o governo federal “ruim” ou “péssimo”.


 


Melhor que FHC
O antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), atingiu sua melhor marca em dezembro de 1996, quando estava prestes a completar dois anos de governo, e era aprovado por 47%. Itamar Franco (1992-1994) obteve 41% ao deixar o governo, em dezembro de 1994. A melhor marca de Fernando Collor de Mello (1990-1992) foi registrada após três meses de governo, em junho de 1990, quando 36% aprovavam seu desempenho à frente do governo.


 


A nota média atribuída ao presidente, em uma escala de zero a dez, é 6,7. Na pesquisa anterior ela era 6,3. Cerca de um quinto (19%) atribui nota dez ao presidente. Percentual idêntico acha que ele merece nota oito.


 


Quando se compara a situação de Lula hoje, perto de completar três anos e oito meses no cargo, com a de Fernando Henrique Cardoso após três anos e sete meses no cargo, verifica-se vantagem para o petista. Em agosto de 1998, o tucano, candidato à reeleição, era aprovado por 39%, taxa 13 pontos percentuais inferior à obtida pelo atual presidente.


 


Segundo turno
Em uma simulação de segundo turno, a vantagem de Lula em relação a Alckmin dobrou em um mês. Hoje, é de 21 pontos percentuais (56% a 35%). A pesquisa realizada nos dias 17 e 18 de julho mostrava que o petista obteria 50% em um eventual segundo turno contra o tucano, que atingia 40%. O levantamento seguinte, realizado nos dias 7 e 8 de agosto, mostrava o presidente 17 pontos à frente (54% a 37%).


 


Em um eventual segundo turno contra Heloísa Helena, Lula teria 57%, e a senadora do PSOL ficaria com 31% dos votos, numa diferença de 26 pontos percentuais. Na pesquisa anterior a vantagem do petista em relação à candidata era de 19 pontos (54% a 35%).


 


A taxa dos que declaram espontaneamente que vão votar em Lula para presidente em outubro subiu quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, passando de 33% para 37%, maior taxa registrada nessa série de levantamentos realizados a partir de dezembro de 2004. A intenção de voto espontânea em Geraldo Alckmin oscilou de 12% para 13%.


 


O percentual dos que mencionam Heloísa Helena espontaneamente passou de 5% para 6%. A taxa dos que não sabem dizer espontaneamente em quem vão votar para presidente em outubro caiu seis pontos percentuais, passando de 42% na pesquisa anterior para 36% hoje.


 


Menos rejeição a Lula
A pesquisa traz mais um dado positivo para Lula: a taxa de eleitores que não votariam nele no primeiro turno, de jeito nenhum, caiu pela segunda vez consecutiva. Hoje, o petista empata com Geraldo Alckmin nesse aspecto. Pesquisa realizada no final de junho mostrava que 31% não votariam em Lula de jeito nenhum no primeiro turno da eleição para presidente. Essa taxa oscilou para 32% em julho, caiu para 29% no início de agosto e é hoje de 26%.


 


Por outro lado, a taxa de rejeição ao candidato tucano cresce. Era de 19% em junho, subiu para 22% em julho, oscilou para 23% no início de agosto e chega a 24% hoje. Ou seja, se em junho, a taxa de rejeição a Alckmin era 12 pontos inferior à obtida por Lula, hoje, a diferença entre eles (de dois pontos percentuais) está dentro da margem de erro.


 


A rejeição a Heloísa Helena era de 21% nas pesquisas de junho e julho, oscilou para 23% no início de agosto e é hoje de 24%. Cristovam Buarque, José Maria Eymael, Luciano Bivar e Rui Costa Pimenta atingem 23% de rejeição, cada. Votariam em qualquer um dos candidatos a presidente 10% e não dariam seu voto a nenhum deles 3%.


 


Da Redação, sobre informe do Datafolha