ONU estuda levar ao Haiti programas brasileiros

Um programa similar ao Fome Zero e ao Bolsa Família, outro para estimular a produção de biodiesel e ainda um terceiro, voltado para garantir financiamento aos agricultores pobres, podem ser implantados no Haiti com auxílio do Organização das Nações Unidas

Segundo o diretor-geral da organização para a América Latina e Caribe, José Graziano, ex-ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e um dos idealizadores do Fome Zero brasileiro, a FAO dará apoio técnico ao Banco Central do Haiti e os recursos devem ser obtidos junto a comunidade de doadores da União Européia.


 


“Eles têm um arbusto muito parecido com o pinhão manso, que é muito bom para produção de biodiesel. Há um grande potencial nessa área”, avalia Graziano.


 


O Programa Nacional de Financiamento (Pronaf) é outro projeto brasileiro que pode ser levado ao Haiti. Segundo Graziano, uma missão da FAO notou que os agricultores familiares são tão pobres que não têm condições de recuperar sua produção sem uma linha de credito com juros baixos.


 


“Os agricultores são tão pobres que sem mecanismos de credito barato, não será possível recuperar a capacidade produtiva desses pequenos agricultores familiares”, disse.


 


O diretor-geral informou também que Argentina, Brasil, e Chile — que coordenam a ajuda dos países da América do Sul ao Haiti — deverão realizar uma missão nos próximos meses para levar programas de desenvolvimento ao país caribenho.