Relatório revela status da camada de ozônio

O Painel Científico de Avaliação (SAP) lançará seu mais recente relatório em uma série de 10 boletins científicos no final deste ano. Os relatórios desse Painel são preparados pelos melhores especialistas em ciência atmosférica, sob a supervisão da Organi

O Resumo Executivo do relatório SAP de 2006 foi lançado na sexta-feira, (18), e declara evidências de uma tendência de diminuição das quantidades de substâncias agressivas à camada de ozônio, até mesmo na estratosfera, onde se localiza a maior parte da camada de ozônio. Isso demonstra claramente que o Protocolo de Montreal é eficaz e está funcionando.


 


A Avaliação Científica da diminuição da camada de ozônio tem avançado por diferentes fases. Os primeiros anos foram de desenvolvimento de um entendimento consensual sobre o que se tratava o assunto; chamamos essa de “fase de credibilidade”. Em seguida, entramos na fase que chamamos a realidade da dimuinição da camada de ozônio e seu suporte científico; a “fase de realidade”. Agora nós estamos na “fase de prestação de contas” (accoutability), na qual estamos avaliando se estávamos corretos sobre o assunto e se as ações tomadas pela comunidade global foram bem-sucedidas.


 


As realizações pelos governos do mundo pela redução e eliminação do uso de substâncias que destroem a camada de ozônio e portanto pelo cumprimento com todas as exigências do Protocolo de Montreal são claramente demonstradas pela redução a um nível próximo de zero do consumo de CFCs pelos países desenvolvidos, com tendências semelhantes em relação ao consumo da maioria das outras substâncias controladas. Igualmente, os países em desenvolvimento têm feito um extraordinário esforço para alcançar a medida de controle de 2005 e alcançaram uma redução adicional extra de 20% um ano antes do que é solicitado pelo Protocolo.


 


Apesar de todos esses grandes esforços pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento, essa avaliação demonstra que a camada de ozônio provavelmente se recuperará entre cinco e 15 anos a mais do que estimado no Relatório de Avaliação de 2002. Os trabalhos continuam para estimar qual é o potencial impacto desse atraso na recuperação. Isso ressalta a necessidade de todos os países em continuar a cumprir com seus compromissos e manter o foco na proteção da camada de ozônio, sendo um trabalho inacabado, o qual tem impacto direto sobre a saúde humana e maiores preocupações ambientais.


 


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