CSC vence outra eleição sindical no Rio de Janeiro

Com maioria absoluta de votos, a Corrente Sindical Classista (CSC) viu sua chapa vencer as eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis. O pleito ocorreu nos 30 e 31 de agosto, mas teve seu resultado divulgado apenas nesta sexta-feira (01/9).

Encabeçada pelo atual presidente do sindicato, Paulo Ignácio Furtuoso, a chapa 1 teve 2.193 votos – o que corresponde a 56,1% do total de 4.011 votantes. A oposição organizada pela tendência Articulação Sindical (ArtSind), força hegemônica na CUT-RJ, obteve 1.636 votos (41,8%). A eleição também registrou 25 votos em branco e 57 nulos.


 


“O Paulo Inácio é uma liderança que nasceu da base – no embate contra o capital e o racismo”, declarou Roque Assunção da Cruz, o Roque Tarugo, coordenador nacional do Ramo Metalúrgicos da CSC e secretário de Políticas Sociais da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).


 


Na opinião do dirigente, a reeleição de Paulo mostra que “os classistas tem corretamente apontado o caminho da luta de classe”. Roque Tarugo enfatizou que o resultado do pleito reafirma a CUT como referencial. “É nesse sentido que os metalúrgicos da CSC/CUT conclamam a unidade dos metalúrgicos cutista, no embate contra o capital, na construção da vitória de lula, para avançarmos nas conquistas sociais e de direitos, na perspectiva da luta pelo socialismo”.


 


CSC mais forte
A vitória confirma o fortalecimento do sindicalismo classista em 2006. Em junho, no 9º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (Concut), 20% dos delegados eram da CSC – contra 16% no 8º Concut, de 2003. O crescimento garantiu à corrente mais três vagas na nova direção nacional cutista, saltando de cinco para oito cargos.


 


Em 03 de julho, uma chapa encabeçada pela CSC assumiu o maior sindicato têxtil da América Latina – o Sintrafite (Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias Têxteis de Blumenau e Região). A entidade conta com 22 mil sócios de uma base de 35 mil trabalhadores. São da corrente comunista sua nova presidente, Vivian Kreutzfeld Bertoldi, e também o novo secretário-geral, Márcio Lueders.


 


Onze dias depois, num dos maiores feitos de sua história, a CSC venceu as eleições para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região, derrotando as chapas da Força Sindical e da ArtSind. O cipista Renato Soares, da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), tornou-se o novo presidente da entidade. Os metalúrgicos da região de Volta Redonda formam uma base com mais de 40 mil trabalhadores. A representatividade do sindicato se espalha por Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, Quatis, Itatiaia, Porto Real e Pinheiral.


 


Ainda em julho, a chapa da CSC se reelegeu na diretoria da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino), sob a presidência da professora Madalena Guasco Peixoto. E a corrente ainda cresceu na FUP (Federação Única dos Petroleiros), aumentando para 13% sua representação.