Trabalhadores da GM Portugal fazem greve nesta quarta

Os trabalhadores da fábrica da General Motors de Azambuja, distrito de Lisboa, em Portugal, decidiram paralisar a produção nesta quarta-feira (6/9) no turno da manhã, em protesto contra as propostas de rescisão de contratos, disse nesta quarta-feira à Agê

Representantes dos trabalhadores que estiveram na Alemanha nesta terça-feira iriam comunicar aos colegas, na manhã desta quarta, as propostas feitas pela administração da GM Europa, segundo Figueiredo.


 


Os trabalhadores decidiram pela paralisação depois que a administração fez circular um documento com as condições que propõe para as rescisões dos contratos após a decisão de fechar a fábrica portuguesa no final do ano.


 


Documento ofensivo


 


No documento, considerado por Figueiredo ofensivo para os trabalhadores, a administração da fábrica se propõe a pagar indenizações de valores que variam de 20 mil euros (R$ 54 mil) a 30 mil euros (R$ 82 mil) para a maioria dos trabalhadores.


 


“Eles estão dizendo aos trabalhadores para pedir esmola. Eles não querem negociar, querem impor”, afirmou o coordenador. Figueiredo disse ainda que é lamentável que a administração da GM não respeite os trabalhadores da empresa.


 


Para o dirigente sindical, a atitude da empresa de não entregar qualquer documento aos representantes dos trabalhadores na reunião de terça é reveladora. Os sindicalistas disseram que foram surpreendidos, no retorno à fábrica, com um papel circulando entre os trabalhadores e decidiram, ainda na terça, paralisar a produção.


 


Os trabalhadores da GM Portugal exigem que a empresa assuma os compromissos sociais até 2009, data garantida pela administração para a atividade da fábrica, apesar de o acordo social com os trabalhadores vigorar até 2007.


 


A fábrica da GM em Azambuja emprega 1,2 mil pessoas e terá a sua produção transferida para a unidade de Zaragoza, na Espanha, no fim do ano.