Comício de Lula e Coligação Goiás na Frente reúne 10 mil em Goiânia

 

 “Esse é um governo diferente porque eu não sou produto da elite política do país. Sou produto do povo. Dos operários, dos sem-teto, dos sem-terra e de toda a gente que viveu excluída ao longo da história do país”, afirmou o presidente Lula em discurso para cerca de 10 mil pessoas realizado na noite desta segunda-feira (11), na Praça da Paz, no Jardim Nova Esperança, em Goiânia (GO).

 

O evento marcou a campanha da Coligação Goiás na Frente (PT, PSB e PCdoB) que tem como candidato à governador Barbosa Neto, à vice, Valdi Camárcio e ao Senado, Aldo Arantes. Participaram do ato político, no palco, todos os candidatos pela coligação. Entre eles, os comunistas Fábio Tokarski, candidato à deputado federal e as estaduais Lúcia Rincon e Ailma Maria.

 

Com a linguagem e o carisma de quem possui intimidade com povo, Lula destacou que a redução das desigualdades no país ocorreu, sobretudo, pela inclusão social da faixa mais carente da população. “O hábito político no Brasil é que governavam para uma pequena parcela organizada da sociedade. Num país de 190 milhões de pessoas, governavam para 35 milhões e os outros ficavam excluídos”, pontuou, completando que, antes, os mais carentes só eram lembrados em época de eleição quando o valor de seus votos se igualavam aos dos ricos.

 

O presidente afirmou ter consciência de que é preciso construir bases sólidas para fazer o Brasil crescer, distribuir a renda e gerar empregos. Lula lembrou das dificuldades encontradas no início de seu governo quando o risco-país era de 2.400 pontos, a balança comercial deficitária e faltava credibilidade internacional. “Conseguimos arrumar a casa e controlamos a inflação sem fazer nenhum plano econômico”, completou, informando que, hoje, inclusive, ao invés de se curvar ao imperialismo nas negociações comerciais com os Estados Unidos e a União Européia, o Brasil se mantém mais próximo da América Latina.

 

Soberania nacional

 

O candidato ao Senado pelo PCdoB, Aldo Arantes enfatizou, em um discurso inflamado, que o Governo Lula conquistou a soberania nacional para o país que, na gestão anterior, “vivia de joelhos para o FMI”.  Aldo lembrou que a história brasileira é marcada por crises, na qual os governantes que tentaram romper com os privilégios das elites como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart acabaram perseguidos, mas que, com Lula, “o povo não aceitou”.  Ele fez um chamamento para os projetos que estão em jogo nessas eleições: o avanço das conquistas sociais com Lula ou o retrocesso às privatizações do governo anterior.

 

Barbosa Neto, governadoriável pela Coligação Goiás na Frete, fez um histórico dos investimentos do Governo Federal no estado, principalmente nas áreas social, de infraestrutura e educação. Ele ressaltou o papel dos arranjos produtivos locais para o desenvolvimento econômico de diversas regiões goianas. “Estamos aqui para que Goiás tenha uma alternativa e que possa vencer o medo daqueles que perpetuam ou que desejam voltar ao poder”, afirmou. O candidato representa a única alternativa à bipolarização política entre o PMDB e o PSDB.

 

Manifestação peemedebista

 

Antes do comício realizado na Praça da Paz, no Jardim Nova Esperança, o presidente Lula recebeu a manifestação política oficial do PMDB goiano na Mansão Boullevard, no Setor Santa Genoveva. Em um ambiente fechado, o evento reuniu cerca de 4 mil pessoas entre militantes, prefeitos, ex-prefeitos, parlamentares, pastores evangélicos sob a liderança dos caciques peemedebistas Íris Rezende, Prefeito de Goiânia e Maguito Vilela, candidato ao Governo do Estado. 

 

Carolina Skorupski

Da Redação Local