Movimentos sociais protestam contra a Petrobras no Equador

Organizações sociais e ambientalistas exigiram nesta segunda-feira (25/9) que o governo do Equador cancele o contrato que permite operações de exploração de petróleo da Petrobras e da japonesa Teikoku Oil na Amazônia equatoriana.

O ex-padre Eduardo Delgado, porta-voz da organização social “Equador Decide”, disse que um consórcio formado pelas duas empresas está violando a lei e causando prejuízos milionários ao Estado equatoriano, o que motivou a Comissão de Controle Cívico da Corrupção a pedir o cancelamento do contrato.



Segundo Delgado, a Petrobras comprou há dois anos 70% das ações que a argentina Pecom Energia tinha do Bloco 18 na Amazônia e revendeu 40% para a Teikoku, “sem ter qualquer direito contratual”.



Ainda segundo o militante, a Petrobras também passou a explorar petróleo em um campo vizinho, que pertence à estatal Petroecuador, de onde retira 33 mil barris diários, contra apenas 280 em seu próprio campo.



A Petrobras se prepara também para explorar petróleo em outro campo da Amazônia equatoriana, na Reserva Faunística de Cuyabeno, após firmar contrato com a Petroecuador. Os grupos ambientalistas se opõem.



Em maio passado, o governo equatoriano cancelou o contrato de exploração da americana Oxy (Occidental Petroleum), condenada por violar a lei ao vender 40% de seu negócio no Equador à canadense Encana.



A Oxy, que produzia cerca de 100.000 barris diários no Equador, foi obrigada a entregar suas instalações à Petroecuador, por determinação do ministério da Energia.