Aumentam renda e emprego

O Ministério do Trabalho divulgou a melhoria da renda e o aumento do volume de empregados formais em Tocantis – os números ficaram abaixo da média nacional. E os

Jornal do Tocantins


Agenda dos  candidatos Siqueira Campos (PSDB) visita em Aparecida do Rio Negro; Novo Acordo, Lizarda e comício em Palmas. Marcelo (PMSB) ida a Paraíso, Fátima, Peixe, Sucupira, Gurupi e comício em Palmas. Quintanilha (PCdoB) café da manhã no Conselho Regional de Contabilidade, caminhada na Avenida JK, almoço com líderes comunitários e políticos e caminhadas na região das Arnos, Taquaralto e Aureny. Elísio (PSOL) passa o dia em Gurupi. Capitão Azevedo (PSDC) passa o dia em Palmas.


 


Quintanilha em Gurupi O candidato a governador da coligação Mudança para Valer visitou ontem São Valério da Natividade, Alvorada, Figueirópolis e Gurupi, onde realizou comício à noite. Leomar falou sobre suas principais propostas para o Estado e também para o município, como investimentos no desenvolvimento econômico e universitário, a construção de um hospital universitário na cidade, incentivo para a pecuária e agroindústrias, além de investimentos na educação e saúde. “Tenho uma relação muito estreita com Gurupi, vivi aqui muito tempo, por isso compreendo a importância desta cidade para a região. Quero incrementar o pólo cultural e acadêmico que o município já revela, quero recuperar a capacidade de produção agrícola, além disso, quero instalar aqui um hospital universitário e fazer de Gurupi um importante pólo de industrialização do Tocantins, talvez de biodiesel, de álcool, ou confecção”. O candidato disse ainda que a visita à cidade teve o objetivo de reafirmar suas propostas e agradecer a participação da população. “Acreditamos que temos propostas alternativas para a população, mostrando que é possível desenvolver economicamente o Estado. Pretendemos solucionar a questão do desemprego, de aprimorar o atendimento à saúde, reestruturar a educação, industrializar o nosso Estado. Estamos convencidos de que iremos colher os frutos do trabalho realizado”, afirma.


 


Palanque eletrônico Marcelo chamou a população para que compareça às urnas com o slogan “seu voto é sua liberdade”. Siqueira mostrou pesquisa em que estaria cinco pontos à frente de seu principal oponente. Imagens do debate aparecem logo em seguida, quando é dito que o tucano foi o melhor em suas propostas e postura. Quintanilha disse que os dois principais candidatos representam a “mesma coisa” no Estado e que, caso eles reingressassem no poder, o Tocantins iria continuar com a pobreza e a falta de esperança. Agradeceu a oportunidade de apresentar suas propostas e afirmou que quer ter “a honra” do voto tocantinense. Elísio não se pronunciou no programa. Tendo como fundo a música “Eu só peço a Deus”, o partido utilizou imagens de carreatas, de Che Guevara e da presidenciável Heloísa Helena. Capitão Azevedo agradeceu ao povo e pediu votos no dia 1º.


 


 


Renúncia de Vital O candidato a deputado estadual Capitão Vital (Prona), da coligação Fato Novo, renunciou a candidatura por não concordar com intervenções e ideais da Fato Novo. Vital protocolou uma notícia-crime no TRE para que seja investigada a origem e utilização dos fundos das coligações, uma vez que ele não teria recebido nenhum tipo de repasse financeiro. O candidato a deputado federal e presidente regional do Prona, Mossoró, disse que não tem conhecimento de repasse de dinheiro em troca de apoio via horário eleitoral gratuito. Mossoró explica que o dinheiro repassado para o fundo partidário foi para pagamento das gráficas que confeccionaram o material de campanha.


 


Aumento de renda e emprego no TO O rendimento médio do trabalhador tocantinense cresceu 8,2% em 2005, enquanto o volume de empregos formais alcançou 169,1 mil, crescimento de 5,9% em relação a 2004. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) através da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Em 2004, o ganho médio do trabalhador no Tocantins foi de R$ 814,64; com o percentual de aumento, o valor sobe para R$ 881,44. No País, a massa salarial teve crescimento de 8% em 2005 em relação a 2004. O número de empregos formais criados no ano passado foi 9,4 mil postos superior ao que ocorreu no ano de 2004.


 


Execução de sentença no Kartódromo A Procuradoria-Geral do Estado pediu ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-TO) que não seja cumprida a execução provisória da ação ganha pela aposentada Teresinha Alves Evangelista, que lhe devolveu a área onde está construído o Kartódromo e outras quadras hoje nas mãos do Projeto Orla, enquanto não seja julgado o recurso no STF.


 


Incinerados mais de 750 mil produtos A Receita Federal do Tocantins conclui hoje a maior incineração dos últimos três anos de 750.682 produtos que entram de maneira irregular no País, apreendidos pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, o que representa prejuízo de R$ 676.352,23 aos cofres públicos. Ontem aconteceu a destruição de 731.140 maços de cigarros e 13.500 unidades de relógios diversos. Hoje serão incinerados 879 litros de uísque, 1.563 unidade de DVDs, preservativos e remédios, além de 3.600 isqueiros.


 


Novo tipo de estelionato na Capital Um homem bem vestido, passando-se por representante de uma empresa de materiais de construção, está aplicando golpes na região Sul de Palmas. Segundo as vítimas, ele aborda as pessoas informando que existem materiais de construção a serem doados para uma terceira pessoa, que ele não conseguiu localizar. Então, procura de alguém que queira o material, sendo que a pessoa precisa pagar apenas o valor da nota fiscal. O problema é que depois o homem não retorna com os materiais de construção.


 


PRF apreende madeira A Polícia Rodoviária Federal de Gurupi apreendeu três caminhões que transportavam madeira ilegalmente e outras duas carretas ficaram retidas para vistorias. Há suspeitas de irregularidades nestas outras duas cargas.



clebertoledo.com.br



Para Mota, Leomar foi o melhor do debate O candidato a primeiro suplente de senador da coligação Mudança pra Valer, Osvaldo Mota (PCdoB), avaliou que Quintanilha foi o melhor dos concorrentes ao cargo no debate desta terça-feira à noite. Segundo o candidato comunista, o senador Leomar vai crescer mais alguns pontos com o debate, o suficiente para levar a eleição para o segundo turno. Por fim, Mota destacou que além de Leomar ir bem, Marcelo e Siqueira foram mal no debate.


 


Siqueira também diz que ganhou o debate O candidato a governador do PSDB disse que Marcelo só deu “bola fora”.


 


Para Aliança da Vitória, debate fortaleceu Marcelo A Aliança divulgou nota afirmando que “com uma postura crítica e respeitosa, Marcelo conduziu sua apresentação durante o debate eleitoral”.


 


PM planeja eleições No Tocantins, são 882.728 eleitores, 872 locais de votação e 3.118 seções eleitorais. Por isto, a PM está empregando quase todo o seu efetivo na segurança eleitoral em 1º de outubro, caso haja 2º turno no Estado, no dia 29 será mantido o mesmo plano de policiamento.


Folha de S.Paulo


Deputados trocam de sigla em média a cada cinco dias


Desde 95, houve 754 trocas de legenda, que são motivadas por cálculo eleitoral e adesão ao governo; partidos de apoio ao Planalto costumam inchar no início das legislaturas


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Deputados federais trocaram de partido nos últimos anos em uma velocidade média de uma migração a cada cinco dias. Desde 1995, há na Câmara o registro de 754 movimentações de parlamentares de uma legenda para outra, o que mantém a tendência do frenético ''troca-troca'' iniciado na metade da década de 80 com o crepúsculo do regime militar.
Dos atuais 513 deputados, os que nunca trocaram de legenda somam menos de um terço (150). O partido com o maior número de ''fiéis'' é o PT (67).
Nos anos 80, as migrações começaram a ocorrer em massa devido a cisões de legendas que acabavam resultando em novos partidos. Esses foram os casos do PFL, surgido de um racha no PDS, e do PSDB, formado por dissidentes do PMDB.
Nos últimos anos, as trocas obedeceram mais a cálculos eleitorais, adesismo ao governo ou disputa de espaço no Congresso. Não por acaso, os partidos de sustentação do governo tendem a inchar no início das legislaturas. PL e PTB, que compõem a aliança governista, elegeram 52 deputados em outubro de 2002 e, quatro meses depois, tinham 74 representantes. Caminho inverso tiveram os oposicionistas PFL e PSDB, que elegeram 154 representantes, mas empossaram só 138.
''Antes da primeira votação nominal em plenário, no dia 25 de fevereiro, 48 deputados já tinham mudado de partido, sendo que 42 deles migraram para partidos da coligação de governo (15 para o PTB, 14 para o PL, 7 para o PSB e 6 para o PPS) e apenas 1 para a oposição (para o PFL)'', diz estudo de Fabiano Santos e Márcio Vilarouca, do Núcleo de Estudos sobre o Congresso do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro). Trabalho do cientista político Carlos Ranulfo Melo mostra que entre 1983 e o início de 1995 houve 803 migrações partidárias, índice similar ao observado até hoje.
''A migração partidária, na escala em que ocorre no país, não encontra paralelo em nenhuma outra democracia. Tampouco pode ser observada em nossa primeira experiência democrática, ainda que não existam registros precisos'', diz Ranulfo, que é coordenador do Centro de Estudos do Legislativo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), no livro ''Retirando as cadeiras de lugar: migração partidária na Câmara dos Deputados – 1985/2002'' (UFMG, 2004).
PMDB, PFL, PSDB, PP, PTB e PL concentraram o maior número de migrações no levantamento da Folha. Apesar da rotatividade, alguns especialistas destacam a tendência de disciplina nas votações no Congresso, já que o Colégio de Líderes partidários exerceria de fato o controle sobre as bancadas.
Argelina Cheibub Figueiredo e Fernando Limongi -autores do livro ''Executivo e Legislativo na Nova Ordem Constitucional'' (FGV, 1999)- afirmam que ''a disciplina verificada é suficiente para tornar as votações previsíveis: 89% dos resultados das votações nominais podem ser previstos corretamente quando se sabe como votam os líderes''.
Campeões
No levantamento da Folha, saltam aos olhos os casos dos deputados Alceste Almeida (RR), hoje no PTB, que fez dez trocas desde 1995, totalizando 12 em toda a sua carreira política, e João Caldas (AL), hoje no PL, que mudou nove vezes de partido nos últimos 11 anos (dez em toda a carreira).
Alceste começou a carreira política no PMDB. Até chegar ao PTB, passou pelo PDT, PPB (hoje PP), PFL, PL e PPS. João Caldas tem origem no MDB (hoje PMDB), e passou pelo PMN, PST, PTB, além de várias vezes pelo PL, onde está hoje.
A Folha procurou os dois parlamentares -que sofrem processo de cassação por suspeita de envolvimento com o escândalo dos sanguessugas-, mas não obteve resposta.
Além das questões eleitorais e do governismo de parte dos políticos (que se beneficiam de benesses do Executivo, como a capacidade de indicar apadrinhados para cargos federais e ter liberadas verbas para suas emendas ao Orçamento da União), dois outros importantes motivos também moveram o ''troca-troca'' partidário.
O primeiro era que nas últimas eleições as bancadas de deputados que tomavam posse eram usadas como critério para a divisão do tempo de TV entre os candidatos, nas eleições. O segundo é a distribuição de assessores na Câmara. Uma bancada com 50 deputados pode empregar 84 assessores, mas, se tiver um deputado a mais, terá 115 assessores.
No Senado, houve 106 trocas de partido de 1990 a 2005 -média de seis mudanças por ano. Proporcionalmente, o troca-troca foi maior nos governos Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, no início dos anos 90, que tiveram uma média de oito migrações por ano.
O ''campeão'' é Juvêncio da Fonseca (MS), que tem mudado de sigla a cada dois anos. Ele foi do PMDB, do PFL e do PDT até ingressar no PSDB, em 2005. Ele atribuiu o troca-troca a problemas regionais, disse que vai permanecer no PSDB e que o eleitorado não acompanha as mudanças de partido.
O caso mais inusitado é do senador Leomar Quintanilha (TO). Fazendeiro, trocou o PMDB pelo PC do B no ano passado. Já foi do PFL, do PDS e presidiu a Arena, o partido de sustentação da ditadura militar, em Araguaína, em 1976.


(RANIER BRAGON e FERNANDA KRAKOVICS)