Alagoas: Collor se elege senador; Teotônio vence no 1º turno
O ex-presidente Fernando Collor voltou à política e elegeu-se senador pelo PRTB em Alagoas. Ele derrotou o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e assumirá, a partir de 2007, a cadeira que até agora pertence à senadora Heloísa Helena (PSOL), que concorreu à P
Publicado 01/10/2006 22:54
Com 98,76% de apuração, Collor tem 543.922 votos (44,07% dos válidos) e não pode mais ser ultrapassado. Lessa soma 494.500 eleitores até o momento – o que equivale a 40,07% dos votos válidos. Na seqüência, vieram Nonô (PFL, 09,68%) e Galba Novaes (PL, 05,30%).
Nos discursos de campanha, Collor tentou convencer o eleitorado de que foi injustamente afastado do Planalto em 1992. Na época, ele sofreu processo de impeachment, mas acabou renunciando ao cargo. Mesmo com a renúncia, o ex-presidente teve seus direitos políticos cassados pelo Senado até o ano 2000. Lessa foi adversário de Collor também em 2002, na disputa pelo governo do Estado, quando levou a melhor.
Na disputa pelo poder Executivo do Estado, o vencedor foi Teotonio Vilela Filho (PSDB), que derrotou João Lyra (PTB). O candidato tucano venceu de virada as eleições – Lyra (PTB) liderou as pesquisas durante a maior parte da campanha. Até o momento, Teotonio tem inalcançáveis 55,87% dos votos, Lyra atinge 30,54% e Lenilda Lima (PT) aparece com 8,25%.
Com tropas federais garantindo a segurança em vários municípios, Alagoas teve um dia de votação sem maiores incidentes. No último dia 27, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou o envio de tropas federais para 12 municípios alagoanos, que registravam histórico de violência em pleitos anteriores.
A última pesquisa eleitoral foi feita pelo Ibope e divulgada no dia 25 e mostrou uma reviravolta nas intenções de voto. O tucano Teotonio Vilela Filho saltou de 34% das indicações de voto na pesquisa anterior para 39%, e o concorrente João Lyra (PTB) caiu dos 46% para 38%, empatado tecnicamente com Vilela. A petista Lenilda Lima teve 7%, e Ricardo Barbosa (PSOL), 2%.
Em agosto, Lyra liderava as pesquisas de intenções de voto e tinha grandes chances de ser eleito em primeiro turno. Aos poucos, o tucano se recuperou e alcançou o petebista. Tanto Vilela quanto Lyra são representantes dos usineiros do Estado, que, anteriormente, se uniam para apoiar um único candidato. João Lyra (PTB) é pai de Thereza Collor Halbreich (cunhada do ex-presidente Fernando Collor de Mello) e um dos maiores empresários do Estado; e senador Teotonio Vilela Filho é sócio das Usinas Reunidas Seresta, propriedade de sua família.
Concorreram ao governo do Estado também Andre Paiva Lopes (PRTB), Elias Barros Dias (PTN), Eudo Moraes Freire Filho (PSDC) e Gerson Alves Guarines (PAN). Em 2002, o Estado foi o único a registrar derrota de Lula nas eleições presidenciais.
Da Redação, com agências e Folha Online