Delegado que vazou as fotos muda outra vez sua versão

O delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno, objeto de um inquérito criminal e uma sindicância interna por ter repassado à imprensa as fotos do dinheiro do dossiê, voltou a mudar sua versão sobre os fatos ao falar à imprensa na noite desta segunda-feira

Em sua nova versão, Bruno disse que um dos CDs com as fotos sumiu da mesa do escrivão, na PF. E que ele então se adiantou, temendo que o CD tivesse sudo roubado “para me prejudicar”. Pacto com o PSDB? Ele nega



Ele reafirmou que não recebeu dinheiro pelo vazamento e que agiu sem motivação política. “Em momento algum eu me pactuei com qualquer pessoa do PSDB”, garantiu.
Logo que foi identificado como o culpado pelo vazamento, o delegado Bruno disse que agiu porque estava sentido por ter sido afastado do cargo. Depois, sugeriu à imprensa que o CD com as imagens do R$ 1,7 milhão tinha sido furtado da sua mesa. Agora apresentou a terceira versão, de que divulgou as fotos para se proteger, quando um dos CDs desapareceu da mesa do escrivão.



“Eu posso até ser punido por causa disso, mas eu não quebrei nenhum sigilo profissional. Foto não é fato, e o fato já estava no domínio público. Então qual é o segredo?”, defendeu-se.



MP afirma que fotos eram sigilosas



O MInistério Público discorda da alegação de inocência do delegado. Para o MP,  todo e qualquer material relacionado a um processo judicial sigiloso está, automaticamente, sob sigilo também. É no Mato Grosso que está correndo a investigação sobre a negociação do dossiê contra políticos tucanos e de outros partidos.



A Superintendência da Polícia Federal informou na segunda-feira que abriu inquérito policial para apurar a quebra de sigilo funcional de Bruno. O prazo para conclusão é de 30 dias, mas pode ser prorrogado. O delegado que vai comandar a investigação ainda não foi definido.



Também está sendo formada, segundo a PF, uma comissão de procedimento disciplinar administrativo pela corregedoria, que dura 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Se for julgado culpado, o delegado pode ser advertido, suspenso ou demitido.


 


Com agências