Petrobras anuncia descoberta de jazida na Bacia de Santos

A Petrobras confirmou nesta quarta-feira (4/10) a existência de “volume significativo de petróleo leve” na Bacia de Santos, depois da conclusão do teste no poço 1-RJS-628A, que encontrou reservatório de alta produtividade, situado abaixo de uma camada de

Em julho, a empresa comunicou que a descoberta desse poço representava um marco histórico na atividade de exploração de petróleo no país por ser o primeiro a ultrapassar uma camada de sal de com tal espessura no subsolo marinho.



“Investimentos adicionais serão necessários, inicialmente com a perfuração do primeiro poço de extensão, para a avaliação completa do volume de óleo do reservatório encontrado”, declarou a estatal no documento.



Os testes para confirmar o potencial da jazida foram feitos pelo consórcio formado pela Petrobrás, a portuguesa Galp Energia e a britânica British Gas.



Qualidade e produtividade alta
Em comunicado, a Galp Energia explica que a conclusão dos testes “confirma a descoberta comercial de petróleo leve em águas ultraprofundas na Bacia de Santos”. O petróleo leve é um cru de “muita qualidade e de elevado valor econômico”, acrescentou a companhia.



O poço está localizado a uma distância de cerca de 250 quilômetros do litoral sul do Rio de Janeiro. A Bacia de Santos ocupa área de 352 mil quilômetros quadrados nos litorais paulista, paranaense e sul fluminense, além de passar pelo norte de Santa Catarina.



Segundo a Galp Energia, os testes revelaram uma jazida de petróleo de elevada produtividade, qualidade e com potencial de produção de cerca de 9.000 barris de petróleo por poço e de 250 mil metros cúbicos de gás natural por dia.



O consórcio está preparando a perfuração de outro poço para quantificar o volume de petróleo do reservatório encontrado, pois se trata de “uma extensa área de grande potencial exploratório”.



A Petrobras tem participação de 65% no consórcio responsável pela exploração da BM-S-11. A Galp Energia responde por 10%, e a British Gas 25%. O grupo português participa dos processos de exploração em 54 áreas no território brasileiro, com dez delas localizadas em águas profundas e 44 em terra.