Especialistas discutem redução da violência no Rio

A morte por homicídio foi o foco das discussões entre especialistas brasileiros e europeus nesta sexta-feira (6), na Favela da Maré, no Rio de Janeiro. A reunião faz parte de uma série de debates que envolvem a criação de um programa nacional de combat

O Ministério da Educação (MEC) participa da elaboração da agenda, em conjunto com o Observatório de Favelas, uma organização que trabalha para a formação de lideranças comunitárias nas favelas brasileiras; o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a ONG Save The Children Suécia, que atua no mundo inteiro, participando de movimentos sociais em favor da infância. Representantes da Organização Intereclesiástica para a Cooperação ao Desenvolvimento (ICCO), da Holanda, também participarão via internet.


 


Segundo o representante do MEC, Ricardo Henriques, a agenda servirá como agente de conscientização, além de reunir informações que permitam a criação de ações educacionais com outras áreas como a de trabalho e cultura.


 


A violência letal compreende todos os tipos de homicídio e está mais presente nas periferias das grandes cidades. No Brasil, cerca de 60% das vítimas são jovens entre 15 e 24 anos, em sua maioria afrodescendentes e pardos. Uma das causas do problema é o envolvimento dos jovens com o tráfico de drogas, a falta de perspectiva socioeconômica e a fragilidade da estrutura familiar.


 


Segundo Henriques, para mudar a situação é preciso promover ações que combatam um problema-chave. “É preciso recriar a relação entre a escola e a comunidade, dando novas perspectivas para que os jovens tornem-se menos suscetíveis à violência”, afirmou.


 


Escola e comunidade


 


A relação entre a escola e a comunidade e o combate à violência são foco de programas da Secad. O Escola que Protege oferece aos educadores formação para enfrentar a violência contra crianças e adolescentes, incluindo a violência física, psicológica, abandono, negligência, exploração sexual e exploração do trabalho infantil.


 


Já o Conexões dos Saberes, parceria com o Observatório de Favelas, é voltado para o ensino superior e busca ampliar a relação entre a universidade e os moradores de espaços populares. Os alunos recebem apoio financeiro e metodológico para produzir conhecimento científico e contribuir para o desenvolvimento de suas comunidades.


 


Fonte: MEC