Aldo usa Sun Tsu para explicar agressividade de Alckmin no debate

O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), recorreu ao antigo escritor chinês, Sun Tsu, autor de A arte da guerra, para comentar o debate deste domingo (8) entre os presidenciáveis Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva. Para Aldo,

“O candidato que estava em desvantagem nas pesquisas usou tom mais agressivo para romper aquilo que o Sun Tzu chamava de equilíbrio estratégico. Quando você tem equilíbrio estratégico você só rompe esse equilíbrio com o fato ou com algum tipo de movimento. E o movimento, como não havia fatos, era usar a agressividade para romper esse equilíbrio que favorece o candidato-presidente Lula”, disse Aldo.
Um debate “razoavcelmente previsível”



Aldo Rebelo considerou o debate na TV Bandeirantes “previsível”. E avaliou que Lula conseguiu manter a moderação mesmo quando provocado pelo tucano. “Acho que o presidente Lula, como tem vantagem nas pesquisas, procurou mais o eqüilíbrio e a moderação, o que era um coisa razoavelmente previsível”, afirmou.



“Eu creio que ainda há tempo para a população conhecer as propostas dos dois candidatos. Haverá também outros debates que tornará possível a apresentação das propostas”, afirmou ainda o presidente da Câmara, que assistiu ao debate no auditório da TV Bandeirantes.



Para Alencar, conduta “desrespeitosa”



Já o  vice-presidente José Alencar, também presente na primeira fileira de cadeiras do auditório, considerou “desrespeitosa” a conduta de Alckmin no debate. Segundo ele, Alckmin “marcou gol contra ele” por sua atitude agressiva.



”[Lula] foi provocado e houve até desrespeito. A pergunta insistente sobre o dossiê é uma demonstração de comportamento desesperado da oposição”, disse Alencar. “O presidente Lula é muito educado, é incapaz de causar ofensa pessoal a quem quer que seja. Então, aquilo jamais deveria ter sido feito”, completou Alencar, opondo o comportamento dos dois candidatos.



Para Alckmin, “estilo é o mesmo”



O próprio Geraldo Alckmin, porém, defendeu sua atitude no debate. “Acho que externei um sentimento de indignação do povo brasileiro. Isso aí estava parado na garganta de todo mundo. Fui um instrumento do povo”, disse Alckmin sobre sua participação que muitos consideraram agressiva.



O tucano negou qualquer agressividade. Disse que dormiu com a “consciência tranqüila” porque foi “verdadeiro”. Não concordou também com os observadores que viram uma mudança no seu estilo de campanha, inclusive o próprio Lula, para quem o comportamento “nervoso” “não faz o gênero” do tucano. “O estilo é o mesmo. É que o Lula não foi aos outros debates. Eu gosto de falar as coisas na frente das pessoas”, disse o candidato.



Ao comentar o debate, nesta terça-feira (9), Alckmin voltou a negar que tencione privatizas a Petrobras, o Banco do Brasil e os Correios — um tema que ele introduziu no debate de domingo. Lula respondeu dizendo que “vocês [do PSDB] só sabem privatizar e aumentar impostos” e que se deixarem privatizariam “até a Amazônia”.



Com agências