CPI dos Sanguessugas retoma trabalhos com votação de requerimentos

A semana será de intenso trabalho na CPI dos Sanguessugas. O colegiado retomará as investigações sobre o caso do dossiê Serra nesta terça-feira (10), em uma sessão deliberativa em que poderão ser votados mais de 200 requerimentos. Constam da lista de c

As convocações dos ex-ministros Barjas Negri e José Serra, no governo FHC, e do ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini, devem aguardar a conclusão das investigações pela Polícia Federal.


 


Um grupo de integrantes da CPI está em Cuiabá para acompanhar as investigações da Polícia Federal sobre o dossiê que ligaria tucanos à “máfia das ambulâncias” e a tentativa de compra do documento por petistas. Uma cópia do dossiê já se encontra em poder da Comissão.


 


Os deputados Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Júlio Delgado (PSB-MG), Paulo Rubem Santiago (PT-PE) e Carlos Sampaio (PSDB-SP) vai manter reuniões com os responsáveis pela investigação em Mato Grosso: o delegado da Polícia Federal Diógenes Curado, o juiz Marcos Alves Tavares e o procurador da República Mário Lúcio Avelar.  E vão reunir novos documentos sobre o caso.


 


A reunião marcada para a última quarta-feira (4) foi cancelada por falta de quorum. Por isso, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), fez um apelo para o comparecimento dos parlamentares amanhã. “Espero que os líderes se mobilizem para garantir o quorum”, afirmou, lembrando que é necessário quorum qualificado para votar os requerimentos em pauta.


 


Dois focos


 


Para a deputada Vanessa Grazziotin, “nós temos que ter muita tranqüilidade na hora da investigação, porque existem dois focos. Um é aquele que trata da tentativa de compra do dossiê. O outro, que é muito importante para a CPMI, diz respeito ao conteúdo do dossiê”, afirmou.


 


A parlamentar destaca que dependendo das informações prestadas pelas autoridades em Mato Grosso, poderá ser necessário ouvir as duas principais testemunhas do caso, os empresários Luiz Antônio e Darci José Vedoin, donos da Planam, empresa acusada de montar o esquema de superfaturamento de ambulâncias.


 


“A CPMI já foi em busca de algumas peças que foram apreendidas e que comporiam o dossiê, mas, pelo que tudo indica, as informações estão incompletas. Então vamos ver se há necessidade ou não de ouvir os Vedoin, que estavam negociando a entrega desse dossiê, ter o acesso a eles, ou na nossa viagem a Cuiabá ou logo em seguida”, acrescentou a parlamentar.


 


Os integrantes da comissão devem apurar se o dossiê apreendido pela Polícia Federal no dia 15 de setembro em São Paulo é o mesmo que chegou à CPMI. Nesta semana, o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), advertiu que, embora circule a informação da existência de um dossiê de 2 mil páginas, o que chegou à comissão foi um documento de 15 a 20 páginas e alguns CDs com imagens de solenidades de entrega de ambulâncias.


 


Com agências