Lula: Alckmin foi arrogante e agiu como delegado no debate

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que seu adversário, o candidato da coligação de direita PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, atuou, no debate de ontem à noite, como “um delegado de porta de cadeia”. Em discurso para dezenas de cantores

“Ontem, foi um dos dias mais tristes para mim e para a minha mulher. Já debati com Ulysses Guimarães, Aureliano Chaves, Jânio Quadros, Garotinho, José Serra, Mário Covas, e Franco Montoro. Mas eles tinham um nível no debate”, afirmou. “Ontem, pensei que não estava na frente de um candidato, mas de um delegado de porta de cadeia”, acrescentou.


 



Para o presidente, Alckmin atuou como um delegado de polícia durante o debate. “Ontem pensei que não estava diante de um político, mas diante de um delegado de polícia… O povo não quer ver um político xingando o outro, quer saber o que vai melhorar a vida”, acrescentou.


 


Lula viu arrogância na atitude mais agressiva de Alckmin, demonstrada já no início do debate.


 


“O projeto deles é o de pessoas que falam de nariz em pé e com arrogância… Para política, isso é muito pobre”, afirmou. “(Alckmin) é uma sanfona quebrada, que faz o mesmo som de arrogância na campanha inteira”, disse o petista. “Ontem o que se viu foi um pouco da elite política brasileira, ela foi implacável com Juscelino (Kubitschek), com Getúlio (Vargas), com Jango”, disse Lula.


 


O presidente acrescentou que os tucanos estão irritados porque o PT venceu a eleição na Bahia e o aliado PSB pode ganhar em Pernambuco. “Eles não querem que os pobres tenham acesso às coisas boas e nós ensinamos os pobres a subir no palanque”, afirmou.


 


Lula disse ainda que Alckmin não se interessa por política econômica e social porque os dados dos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso são inferiores aos de seus quatro anos. Para ele, Alckmin parecia “o samba de uma nota só”.


 


Lula voltou a dizer que a população quer ouvir um debate sobre propostas para melhorar a sua vida e disse que no debate foi possível para a sociedade ver a diferença entre os dois projetos, o seu e o de Alckmin, que representa “um jogo de interesses de um grupo que manda no Brasil desde que Cabral pôs os pés aqui”.


 



O presidente voltou a afirmar que é o único governante nesse país que pode falar de corrupção, afirmando que no governo anterior os casos de corrupção eram engavetados e colocados “embaixo do tapete do sofá”.


 


Da redação,
com informações das agências