Educação: As mentiras que Alckmin conta

A publicidade divulgada pelos tucanos, no sábado 14 de outubro, foi dedicada ao tema “educação”. No meio do reclame, uma pessoa dizia que, se Alckmin virasse presidente, ele faria pelo Brasil tudo o que fez por São Paulo. Felizmente, isso não vai acontece

A verdade é que a “política educacional” desenvolvida pelos tucanos no estado de São Paulo não tem nenhuma relação com as “maravilhas” que eles divulgam em sua publicidade no horário eleitoral gratuito.


 


No governo tucano do estado de São Paulo, não houve e não há uma política de valorização da qualidade no ensino. Não há uma política efetiva de formação dos educadores. Não há uma política de formação que esteja articulada à construção do projeto político-pedagógico das escolas.


 


A jornada dos professores não permite que exista trabalho coletivo nas escolas. Os professores ganham mal e não foram valorizados, tendo pouco tempo para as reuniões pedagógicas. As reuniões que acontecem não têm continuidade, não tem registro, não têm o devido acompanhamento por parte da Secretaria da Educação, que em nome da “autonomia” não contribui para o aperfeiçoamento da política pedagógica nas escolas.


 


Os currículos não têm sido objeto de discussão permanente nas escolas. Não há uma política responsável de avaliação continuada, articulada com o desenvolvimento do currículo e de medidas que possam superar as dificuldades dos alunos e das escolas.


 


A Secretaria não investiu em uma política sistemática de manutenção e provimento de materiais das escolas. A Secretaria não investiu numa política de acesso à tecnologia articulada ao projeto pedagógico.


 


Não há uma política específica para os cursos noturnos e que amplie e valorize a educação de jovens e adultos. Não há e não houve uma política que desse suporte às escolas para que pudessem enfrentar os problemas e as questões ligados à violência.


 


Além disso, de acordo com informações da imprensa, a proposta orçamentária enviada à Assembléia Legislativa no último dia 29.09.06 prevê uma diminuição de recursos de R$ 347 mil, redução suficiente para comprometer a realização da ronda escolar em todas as escolas da rede estadual.  As tentativas de redução não são novas. No ano passado, o governador Alckmin propôs no orçamento uma redução de 26%, redução que não foi aceita pelos deputados.


 


Não há e não houve uma política de democratização da gestão educacional: fortalecimento dos conselhos de escola, dos grêmios estudantis, de aperfeiçoamento do Conselho Estadual de Educação.


 


A publicidade tucana diz que as escolas de período integral são modelo de excelência. Na verdade, estas escolas não têm projeto pedagógico. Em muitas delas, há carência de profissionais capacitados, o que chega a colocar em risco as crianças.


 


Os profissionais que atuam no período da manhã, não se encontram com os que atuam no período da tarde. Na ausência desta integração, há casos de alunos que ficam em sala nos dois períodos, chegando a assistir aulas semelhantes. A verdade é que as escolas de tempo integral se transformaram, na gestão tucana, em depósito de crianças. Em muitas delas chegou a faltar merenda.


 


Em relação às Universidades Públicas paulistas, o governador Alckmin pouco fez para que aumentassem sua participação na vida social e econômica do Estado. Aliás, nada fez para que o estado de São Paulo tivesse um projeto de desenvolvimento envolvendo a sociedade e as universidades paulistas, que têm importância indiscutível na produção científica nacional.


 


O governo de Alckmin criou novas vagas e inaugurou novos campi nas universidades e nas Faculdades de Tecnologia, mas, como é típico do PSDB, deu com uma mão e não sustentou com a outra, mantendo congelado o repasse do ICMS às mesmas (9,57% há doze anos). Essa situação afetou o salário dos docentes e funcionários, o que ocasionou três paralisações na gestão Alckmin.


 


O mesmo ocorreu com as Faculdades de Tecnologia (Fatecs): eram nove em 2001 e passaram a 26 em 2006. Mas falta estrutura como computadores, conexão com a internet e bibliotecas. A maioria dos docentes leciona com contratos temporários de trabalho. Tudo somado: mais prejuízo para a qualidade da educação.


 


Façamos um pequeno exercício. Em 1997, uma criança de 7 anos ingressa na escola pública para cursar o ensino fundamental. Neste mesmo ano, começou a ser implantado o Fundef e a política de focalização no ensino fundamental, conduzida pelos governos tucanos. Hoje, aquela criança tem 16 anos.


 


Esta criança sofreu as conseqüências da municipalização e focalização do PSDB, especialmente no que diz respeito à falta de qualidade do ensino fundamental. Hoje esta criança é um jovem ou uma jovem que, se teve sorte, conseguiu uma vaga no ensino médio.


 


Com a vitória de Lula, este jovem, se estiver no início do ensino médio, terá livros didáticos em todas as áreas gratuitamente; terá computador com internet em sua escola; terá professores mais motivados, porque com o Fundeb será possível instituir o piso salarial profissional nacional e uma jornada de trabalho em que o professor possa, com seus colegas, refletir sobre o currículo e analisar e avaliar o aluno sistematicamente; terá professores melhor preparados, devido a uma política de formação que já vem sendo desenvolvida em todas as áreas.


 


Este jovem terá assegurado seu direito ao conhecimento, algo que como os valores, não se pode tirar de uma pessoa. Quando ele terminar o ensino médio terá a chance de continuar estudando, porque há mais vagas e mais universidades públicas. Ele poderá concorrer com os filhos daqueles que puderam estudar em escolas particulares.


 


Este jovem terá como opção também  o ProUni, o maior programa de bolsas, integrais e parciais, já oferecido para alunos de baixa renda no ensino superior do país. O ProUni é regulado pelo Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior), que visa garantir a qualidade das instituições de ensino superior, públicas e privadas.


 


Este jovem poderá, inclusive, se tornar um cientista porque as vagas, as bolsas e os investimentos na pós-graduação em todo país aumentaram e continuarão aumentando, em todas as regiões. Se Lula não fosse o presidente da República, os sonhos das crianças, deste e de milhares de jovens brasileiros, teriam sido roubados. 


 


O jovem do qual falamos poderá sonhar com o futuro, a nação brasileira também.


 


Por isso queremos Lula de novo e com toda a força do povo!