Organizações de juventude se reúnem para discutir apoio a Lula

Um dos organizadores do encontro, Daniel Cara, vice-presidente do Conselho Nacional de Juventude, considera que entre os jovens é muito forte o apelo falso-moralista da campanha Geraldo Alckmin (PSDB-PFL). Mas salienta que, em compensação, o governo Lula tem muito o que mostrar e comparar, inclusive no campo ético.

Rafael Pops, secretário nacional da Juventude do PT e Marcelo Gavião, presidente da UJS (União da Juventude Socialista), lembram a criação da Secretaria Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de Juventude. Para eles, foram realizações do governo Lula, mas também conquistas dos jovens brasileiros organizados. Pela primeira vez, segundo eles, os temas que interessam aos jovens, as situações e necessidades específicas dessa fase da vida, são elementos de uma política nacional integrada com vistas ao desenvolvimento e à construção de mais igualdade social no presente e no futuro.

“Programas como o Projovem, os Pontos de Cultura, o Agente Jovem, o Pronaf Jovem, o Soldado Cidadão, o Escola de Fábrica, entre outros, integrados ou em processo de integração”, afirma Rafael, “garantem a nossa convocatória à juventude brasileira para a campanha da reeleição. Nunca o jovem foi tão valorizado no Brasil”.

O encontro ocorre no momento em que as entidades estudantis, segmento mais organizado da juventude, estão em plena campanha anti-Alckmin para o segundo turno presidencial. O último Coneb (Conselho Nacional de Entidades de Base) da UNE deliberou que a entidade só poderia se posicionar sobre a sucessão presidencial mediante um referendo nas bases. Avaliando o custo e o benefício do referendo, a diretoria da UNE, onde atua a UJS, a juventude do PT, mas também a do PSOL e outras siglas, optou pela campanha anti-Alckmin como diretiva mobilizadora. Enquanto líderes, os presidentes da UNE, Gustavo Petta, e da Ubes, Thiago Franco, estão engajados na candidatura Lula.

A reunião começa às 12 horas, na sede da Ação Educativa, ONG paulistana de reconhecido trabalho em defesa da educação pública. É um encontro aberto aos voluntários que queiram assumir a campanha em suas organizações, movimentos, na escola, trabalho ou comunidade. A Ação Educativa fica na Rua General Jardim, 660, na Vila Buarque, em São Paulo, próximo do metrô Santa Cecília.