Itália tem 3 milhões de imigrantes

O total de estrangeiros que vivem na Itália superou os 3 milhões pela primeira vez no final de 2005, e atingiu assim 5,2% da população total, segundo o relatório sobre imigração publicado nesta quarta-feira (25/10) pela organização católica Caritas.

A organização destacou que, com 3.035.000 de estrangeiros, a Itália está entre os grandes países europeus que recebem mais imigrantes, atrás apenas da Alemanha (7.287.980), da Espanha (3.371.394) e da França (3.263.186).


 


Participação na demografia


 


Os imigrantes — revela o relatório — serão “o único fator de crescimento demográfico do país” no futuro, já que continua havendo mais nascimentos que mortes entre os estrangeiros, ao contrário do que ocorre com a população italiana.


 


A taxa de fertilidade das imigrantes é de 2,4 filhos por mulher, enquanto a das italianas é de 1,2 filho por mulher.


 


A presença de imigrantes no país deve crescer ainda mais em 2006, segundo a Caritas, devido à aprovação em breve de uma lei que permitirá a entrada de 170 mil imigrantes com contrato de trabalho na Itália.


 


O relatório revelou que 5 em cada 10 estrangeiros que vivem na Itália vêm da Europa, 2 da África, 1 do continente americano e o resto de outras regiões.


 


Os estrangeiros que chegam à Itália preferem viver nas grandes cidades, 11,4% vivem em Roma e 10,9% em Milão, mas residem principalmente no norte do país, que recebe 59,2% deles.


 


Dos imigrantes que chegam à Itália, 50,1% são homens. É uma população mais jovem que a italiana, pois 70% têm entre 15 e 44 anos, em comparação aos 47,5 anos em média da população italiana.


 


Segundo a Caritas, o nível de educação dos estrangeiros é “comparativamente mais alto que o dos italianos”, enquanto os salários “são a metade, devido ao emprego descontínuo”.


 


Dos estrangeiros na Itália, 25,6% trabalham no setor industrial, 15,5% no setor de serviços, 12,9% em hotéis e restaurantes, 12,5% na construção, 11,6% na agricultura e 5,9% no comércio.


 


Dos imigrantes, 49,1% são cristãos e 33,2% muçulmanos. Outros 4,4% pertencem a religiões orientais.