Yeda Crusius vence Olívio Dutra por cerca de 500 mil votos

A economista Yeda Crusius, de 62 anos, foi eleita numa disputa apertada neste domingo (29/10) para governar o Rio Grande do Sul após um crescimento surpreendente do primeiro para o segundo turno. Com 99% das urnas apuradas, ela obtinha 53,94% dos votos vá

Deputada federal no terceiro mandato, a tucana quebrou a polarização entre PT e PMDB, presente no quinto maior colégio eleitoral do país desde 1994. Yeda deixou para trás o governador Germano Rigotto (PMDB), que não chegou ao segundo turno, e o ex-governador e ex-ministro Olívio Dutra (PT).



Surpresa
Em setembro, as pesquisas mostravam empate entre Yeda e Olívio na busca pela segunda vaga no segundo turno. Tudo indicava que Rigotto estava garantido em primeiro lugar, mas uma reviravolta às vésperas do 1º de outubro tornou a apuração acirradíssima e, ao final, houve a surpresa. O governador, que havia cogitado candidatar-se à Presidência no início do ano, estava fora.



O fato de não ter grandes possibilidades de vitória fez com que o PSDB nacional não investisse na candidatura gaúcha. Na primeira quinzena de setembro, a crise chegou ao auge – o marqueteiro Chico Santa Rita deixou a campanha, junto com 50 dos 70 profissionais da equipe. Yeda chegou a dizer que a situação financeira estava “dramática”.



Com a liderança no primeiro turno, a campanha de Yeda ganhou força e adesões. Logo após o resultado das urnas, PMDB, PP e PTB declararam apoio à sua candidatura. O governador Rigotto optou pela neutralidade.



O segundo turno gaúcho refletiu em grande medida a disputa no cenário nacional, com a diferença de resultados. A privatização, tema mais recorrente na disputa entre Lula e Alckmin em outubro – além do caso do dossiê –, também permeou o embate entre Yeda e Olívio.