Vanessa pede liberação de recursos para o HUGV em crise

A deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu, na tribuna da Câmara Federal, a liberação emergencial dos recursos orçamentários destinados ao Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) para que sejam amenizados os impactos da nova crise financeira pela qual passa o hospital. A falta de manutenção de equipamentos, medicamentos e até de materiais para cirurgias fez com que os médicos residentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) entrassem em greve, afetando o atendimento da população, da consulta a realização de cirurgias.

            O apelo ao Ministério da Saúde foi feito durante discurso em que a deputada pediu apoio do governo federal para que os médicos residentes tenham melhores condições de trabalho, incluindo o  reajuste do valor da bolsa que recebem para se manterem enquanto concluem a formação médica. A crise nos hospitais universitários do País, mais o valor defazado da bolsa, levou os residentes a entrarem em greve em nível nacional e, no Amazonas, o problema afetou o atendimento do HUGV, onde a maioria dos residentes da Ufam atua.

            Esses profissionais consultam, acompanham pacientes na enfermaria do hospital e auxiliam na realização de cirurgias, mas devido a problemas estruturais da rede federal de saúde, têm a atividade limitada. Eles pedem, além de melhor infra-estrutura para exercerem suas atividades no HUGV, reajuste na bolsa que recebem do Ministério da Educação (MEC), hoje em R$ 1.474 (valor bruto). A greve nacional foi deflagrada no dia 1º. deste mês e, no Estado, no último fim de semana, no domingo dia 5.

        Vanessa explica que nos últimos anos a bancada do Amazonas no Congresso Nacional tem apresentado emendas ao Orçamento da União para melhorar o serviço prestado pelo hospital, referência na Região Norte em diversas especialidades. “Entretanto, grande parte das emendas constantes do Orçamento deste ano ainda não foi liberada. Portanto, faço um apelo ao Ministério da Saúde para que libere de forma emergencial os recursos orçamentários destinados ao Hospital Universitário Getúlio Vargas, porque a situação é delicada e grave. Não podemos esperar que mortes lá aconteçam para que as autoridades tomem providências”, ressaltou Vanessa no plenário da Câmara dos Deputados.

            Na quarta-feira (dia 8), os residentes em greve –cerca de 60% dos 154 residentes da Ufam aderiram ao movimento -, foram à Assembléia Legislativa do Estado (ALE) pedir apoio dos deputados às reivindicações da categoria. O comitê de greve explica que pior do que prejudicar o atendimento dos que procuram o HUGV é continuar atendendo a população precariamente. Hoje, equipamentos não funcionam por falta de manutenção, outros novos estão empacotados por falta de profissionais para operá-los. Há casos em que cirurgias são transferidas do HUGV para outras unidades da rede pública de saúde de Manaus devido a falta de materiais.

 
De Manaus,
Hudson Braga.