Lula pede união ao PMDB  e diz que ministério pode ficar para o próximo ano

O presidente Lula prosseguiu, nesta sexta-feira (17), em negociações com o PMDB. Em conversa, no Palácio do Planalto, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador José Sarney (AP), reafirmou o desejo de ver o PMDB unido em torno d

Um correligionário do senador Renan Calheiros relatou que o presidente se queixou de que a pressão pela definição do ministério está grande demais e pediu aos partidos aliados que, primeiro, resolvam seus problemas internos para depois fazerem reivindicações.


 


Lula, segundo essa mesma fonte, criticou a reunião convocada pelo governador de Santa Catarina,  Luis Henrique da Silveira, que convidou os governadores do PMDB para, hoje em Florianópolis (SC), discutir a posição do Partido no governo Lula. O encontro acabou esvaziado pela ausência de quatro dos sete governadores eleitos pelo partido.


 


O presidente, porém, negou a Renan e Sarney que tivesse atuado para esvaziar a reunião. O correligionário de Renan contou também que Lula afirmou que não vai se intrometer na briga pela presidência do Senado e da Câmara.



 
Mesmas palavras


 


A reunião de Lula com Renan e Sarney ocorreu um dia depois de Lula se reunir com a Executiva do PT, quando disse as mesmas coisas. A intenção do presidente é a de criar um ambiente político favorável à aprovação de propostas destinadas a incrementar o crescimento do setor de infra-estrutura e, só depois, deflagrar o processo de escolha de novos ministros.


 


Dando continuidade às negociações com o PMDB, o Presidente Lula convidou o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), para conversar. A conversa, marcada para a próxima quarta-feira ((22) pode marcar a reconciliação de Lula com a ala oposicionista do Partido e uma indicação de que a articulação política conduzida pelo governo está na direção certa.


 


O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), que criticou a insistência de seu colega de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, em manter a reunião de governadores, mesmo com a ausência de quatro dos sete  peemedebistas, disse que “o presidente Lula deu um passo importante, com o convite ao presidente do PMDB e à executiva para uma conversa na quarta-feira”.


 


Hartung aconselha cautela para ver que propostas sairão deste diálogo institucional com o partido. “Reunir segmentos do PMDB nesta hora, sejam governadores, prefeitos ou bancadas, não ajuda”, avaliou o governador.



 
Com agências