Relator de CPI diz que investigação de dossiê ficará com a PF

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), avalia que a comissão não consiguirá abrir uma frente ampla de investigação sobre o caso da negociação de um dossiê contra políticos tucanos dur

“A Polícia Federal e a Justiça estão muito à frente da CPI nas investigações do dossiê”, diz. “Só podemos reforçar alguns aspectos políticos. Mas não tem muito o que se avançar no que se tem feito com técnica e competência pela Justiça Federal e pela PF. O dossiê não estava no fato determinado da CPI. A única conexão do dossiê com os trabalhos da CPI é o Luiz Antonio Vedoin [dono da Planam]. Mas aí houve uma outra motivação política. Não se pode estabelecer uma conexão absoluta do fato passado com o fato futuro que tem o único elo o Vedoin”, explica.


 


O senador avalia que o caso do dossiê “já foi discutido durante o processo eleitoral”. “E passou pelo crivo do veredito popular”, completa. Sobre a inclusão do assunto no relatório final, responde:  “Vamos retratar no relatório tudo que já existe sobre o dossiê, mas como reforço às investigações e mais o que for possível apurar. A questão do dossiê corre fora da CPI. E se houver algum problema é de crime eleitoral. E foi objeto de discussão durante o projeto eleitoral e sobre ele recaiu”.


 


Lando elogia o trabalho da comissão até agora. “A CPI cumpriu seu papel e foi muito além do que se imaginava. O importante é mostrar que há uma diferença nas investigações que estão sendo feitas com muita competência e que a CPI tem um trabalho político”, afirma. Se não for prorrogado o prazo da CPMI, o relator deve apresentar o documento final das investigações entre 13 e 15 de dezembro, quatro dias antes do seu fim. O que não for apurado até lá deve ser encaminhado ao Ministério Público.


 


Fonte: Agência Brasil