Fiesp e Iedi propõem “déficit zero” para PIB crescer 4%

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgaram no final da manhã um estudo com propostas para a obtenção do crescimento econômico entre 2007 e 2010.

A meta de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2007, de acordo com a proposta, é de 4%. Nos anos seguintes, até 2010 a meta passa a ser ampliada em meio ponto porcentual a cada ano. Para o período entre 2011 e 2013, a proposta também prevê que é possível ter meta de crescimento meio ponto porcentual acima do ano anterior. Para chegar a essas metas propostas de crescimento econômico, o estudo utilizou um modelo que prevê redução de investimentos públicos, inclusive juros, e restrição ao crescimento da carga tributária. Para atingir esses dois pontos, o estudo propõe superávit fiscal nominal já a partir de 2007.


 


O estudo propõe também reforma da Previdência, redução de cargos de confiança no governo federal e não concessão de reajuste para o funcionalismo federal nos próximos dois anos. A Fiesp disse que o estudo, mesmo em conclusão, foi apresentado o ministro Guido Mantega (Fazenda) e à equipe econômica do governo. “O estudo, de forma concluída, será entregue ainda hoje ao presidente Lula”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp. As metas de inflação, segundo sugestão do estudo, são de 4,5% em 2007 e 2008, 4% para 2009, 3,5% para 2010 e 3% após 2010.


 


O estudo também propõe zerar a relação despesa/receita já em 2007 para alcançar o déficit nominal zero. Para isso, as entidades sugerem redução das despesas financeiras, revisão geral dos gastos correntes, novo modelo de gestão de ativos públicos, ganhos de eficiência na gestão, além da reforma da Previdência. Para a redução da despesa financeira, o estudo propõe, entre outros pontos, a convergência da taxa Selic para a sua equivalência internacional, de cerca de 6% real ao ano ou 9,5% nominais. Nas simulações feitas no estudo, a relação dívida PIB pode chegar a 56,9% do PIB em 2016 se o desempenho continuar como está atualmente, ou cair para 30,2% com as medidas propostas. A taxa Selic real pode chegar a 11,9% daqui a dez anos, se mantiver o atual movimento, ou alcançar 3,5% com as propostas do estudo.



 


Com agências