Petrobras: “Vamos continuar ganhando na Bolívia”

Os contratos assinados na Bolívia pela Petrobras e suas parceiras Repsol e Total são equilibrados financeiramente, garantem a rentabilidade adequada para os investidores e permitem abrir condições para avaliar novos investimentos no país vizinho. A avalia

Gabrielli disse que, pelo novo contrato, a Petrobras terá um retorno acima de 15% sobre os investimentos. “Vamos ganhar um pouco menos, a Bolívia um pouco mais, mas vamos continuar ganhando”, afirmou.



O presidente da estatal participou de audiência pública sobre o acordo assinado pelo Brasil para explorar gás boliviano. A audiência foi pedida por deputados da oposição, que criticam a “fraqueza” do governo Lula e da direção da empresa, diante da decisão do governo Evo Morales, no dia 1º de maio, nacionalizando os recursos bolivianos de petróleo e gás.



Gabrielli explicou que, pelo novo contrato, a Petrobras receberá por sua parcela de venda e pelo lucro adicional, além dos custos. Ele também informou que o consórcio formado pela Petrobras, Repsol e Total assumirá os riscos de mercado. “Portanto, não é um contrato de prestação de serviços”, afirmou.



Brasil não perde com prioridade para Bolívia



O novo contrato assinado pela Petrobras traz algumas mudanças, entre elas, a determinação de prioridade para o mercado interno boliviano, respeitando a viabilidade econômica do consórcio. Essa exigência, segundo Azevedo, não acarretará perdas para a empresa brasileira.



Também houve alteração em relação à área onde ocorrerá eventual arbitragem de controvérsias, que passará de Santa Cruz de La Sierra para a capital boliviana, La Paz. A arbitragem, no entanto, continua sob lei boliviana e de acordo com regulamento da Câmara de Comércio Internacional.



A audiência foi promovida pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Minas e Energia.