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Ato homenageia Pomar, Arroyo e Drummond hoje, em São Paulo

Dirigentes do PCdoB assassinados em 16 de dezembro de 1976, no episódio conhecido como a Chacina da Lapa, serão homenageados hoje, a partir das 19h na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Por conta dos 30 anos da Chacina da Lapa, ocorrida em São Paulo, acontece hoje (11), a partir das 19 horas, no auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa de São Paulo, um ato político em homenagem aos dirigentes comunistas mortos pela ditadura. No dia 16 de dezembro de 1976,  por conta da ação criminosa de agentes militares, foram assassinados no número 767 da  rua Pio XI, Pedro Pomar e Ângelo Arroyo. Antes, João Batista Drummond havia sido morto durante sessão de tortura nos porões do DOI-CODI paulista.




Entre os convidados para o evento estão Renato Rabelo, presidente do PCdoB, Aldo Rebelo, presidente da Câmara dos Deputados; Marcelo Lavenére, da Comissão da Anistia; Paulo de Tarso Vanucci, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos; Luiz Eduardo Greenhalgh, deputado federal pelo PT/SP e advogado de presos políticos no período da ditadura; Aldo Arantes e Haroldo Lima, dirigentes do PCdoB, presos durante a operação da Chacina da Lapa, entre outras lideranças políticas e populares. Na oportunidade, será resgatado o legado dos comunistas para a conquista da democracia e da liberdade no Brasil e será feita uma homenagem à memória de Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Drummond.




O evento, aberto ao público em geral, é promovido pelo Instituto Maurício Grabois e pela Liderança do Partido Comunista do Brasil na Assembléia Legislativa de São Paulo. O endereço da Alesp é Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera.




Heróis do povo brasileiro




A Chacina da Lapa, ocorrida em dezembro de 1976, foi o último massacre efetuado pela ditadura militar. O alvo dessa violência foi a direção nacional do PCdoB. O aparato de repressão do regime militar invadiu a casa da rua Pio XI e assassinou dois dos mais importantes dirigentes comunistas do país: Pedro Pomar e Ângelo Arroyo. Poucas horas antes, outro dirigente, João batista Drummond, havia sido morto durante uma sessão de tortura. Nesta mesma operação tinham sido aprisionados e depois barbaramente torturados outros membros do PCdoB. Este episódio, por sua violência e crueldade, ficou conhecido como Chacina da Lapa.




Ao cometerem esse crime, os generais julgavam ter consumado a destruição do partido, que ousou enfrentá-los pela liberdade e democracia na Guerrilha do Araguaia. Puro engano. A ditadura foi para o lixo da história, a democracia floresce e o Partido Comunista do Brasil, 30 anos depois, é uma legenda respeitada pelo povo e pelas forças políticas. Pomar, Arroyo e Drummond, honrosamente, integram a galeria de heróis do povo brasileiro que tombaram pela democracia, soberania, pelos direitos do povo e pela causa do socialismo. O episódio simboliza que a democracia que hoje vigora em nosso país renasceu como fruto de muitas lutas e à custa de muitas vidas.