Centrais aumentam pressão contra reajuste dos parlamentares

As centrais sindicais preparam manifestações contrárias ao aumento salarial deliberado pelo Congresso na última quinta-feira (14/12). Em São Paulo, a Centra Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical vão às ruas para barrar o reajuste de 91% – que e

Nesta terça-feira (19), a partir das 10h30, a CUT realiza ato para coletar assinaturas da população paulista. A mobilização acontece na Praça do Patriarca, centro da cidade, com a presença de dirigentes e militantes da central.


 


O sindicatos filiados à CUT já participam do esforço de obter apoio a esse abaixo-assinado desde sexta-feira. Além de colher assinaturas nos locais de trabalho, os sindicatos estão pondo suas sedes à disposição das pessoas que quiserem participar.


 


“Justa indignação”
“Queremos o maior número possível de assinaturas para que a população possa traduzir a sua justa indignação contra esse aumento”, diz Artur Henrique, presidente nacional da CUT.


 


Já o presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, classifica como “um absurdo” o reajuste. “Enquanto estamos brigando por um reajuste do salário mínimo, o Congresso afirma que não há condições de conceder mais que R$ 375. Porém, com uma canetada, os parlamentares se dão mais de 90% de aumento”, critica Edílson.


 


As assinaturas vão subsidiar ação popular já encaminhada à Justiça pela CUT. Outros atos promovidos pela Central acontecem em diversas regiões do Brasil, incluindo Brasília, todos acompanhados de abaixo-assinado.


 


Força
Também no centro de São Paulo, a Força Sindical realiza nesta segunda-feira um protesto, marcado para o viaduto do Chá. A central tem recebido um volume imenso de e-mails contrários ao aumento.


 


“Enviar e-mail é muito bom, mas também considero importante a população sair às ruas para protestar e derrubar esta vergonha”, disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força.


 


Hoje, o cientista político e ex-funcionário público William Carvalho, 61, também protestou contra o reajuste. Ele se acorrentou no início da tarde, por cerca de 30 minutos, em frente ao gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).


 


Carvalho disse estar indignado com a equiparação dos salários dos deputados e senadores com os dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). “Esse aumento é um absurdo – e ninguém está vendo isso?”, indagou o manifestante. “Não sou eu que estou louco.”