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Em nota, PCdoB propõe reajuste por etapas e critica ataques ao Congresso

Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (19), a Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil comenta a ''celeuma'' provocada pela decisão conjunta das mesas diretoras da Câmara e do Senado de equiparar a remuneração d

Diante desta questão e com a possibilidade do assunto voltar a ser alvo de deliberação no Congresso, o PCdoB defende que os parlamentares busquem a justa equiparação do salário ''por etapas e com prazos delimitados''.


 


Na nota, o Partido também reafirma sua luta histórica pelo aumento real do salário mínimo, avalia como legítimas as reações de entidades e movimentos populares e denuncia a ''corrosiva investida'' da mídia e de setores conservadores contra o Congresso Nacional.


 


O documento também enumera as diversas medidas morealizantes do poder legislativo determinadas pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que também tem sido vítima de ataques oportunistas.


 


Confira abaixo a íntegra da nota:


 



Nota do PCdoB


 


Acerca do aumento salarial dos parlamentares do Congresso Nacional


 



As mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, após consultar as lideranças partidárias das duas casas, tomaram por unanimidade a decisão de regulamentar o Decreto Legislativo 444, de 2002, que havia fixado a equiparação dos salários de deputados e senadores ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Todavia, no dia 19, o plenário do Supremo, por maioria, considerou o referido decreto revogado o que exige uma nova decisão das duas casas.


 


Esta questão provocou reações legítimas de entidades e movimentos populares em função do baixo salário dos trabalhadores e das resistências que se colocam para o aumento real do salário mínimo. Por outro lado, também, motivou uma corrosiva investida de setores da mídia e do conservadorismo contra o Congresso Nacional que é um dos principais alicerces do sistema democrático, além de  ataques oportunistas de segmentos políticos falsamente moralistas.


 


O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, tem sido também alvo de ataques com o nítido objetivo de que seja ocultado da opinião pública um conjunto de medidas moralizantes adotadas pela mesa presidida por Aldo cujo efeito para recuperar a autoridade do Legislativo Federal fala por si: fim da remuneração extra para as convocações extraordinárias; fim do voto secreto; proibição de contratação de parentes de deputados em cargos de confiança da Câmara; redução do recesso parlamentar de 90 para 55 dias; e demissão de 1143 ocupantes de cargos de natureza especial (CNE). Além dessas medidas, Aldo propõe acabar com os chamados 14º e 15º salários dos parlamentares e que efetivamente vigore o teto salarial para os Três Poderes, para que de vez sejam extintos os “supersalários”.


 


Diante da celeuma provocada e da luta política na qual está envolta a presente decisão das mesas das duas casas do Congresso, a Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil, PCdoB, apresenta a seguinte posição:


 


1) Considerando que a Constituição Federal já prevê um teto único para os Três Poderes, a  equiparação entre a remuneração do Poder Legislativo e do Poder Judiciário é um passo justo que dará mais transparência aos salários dos parlamentares.
2) Opina que o alcance do teto do Judiciário por parte do Poder Legislativo, isto é a equiparação da remuneração, pode se efetivar com uma outra dinâmica, por etapas e com prazos delimitados.
3) Finalmente, o PCdoB reafirma sua luta histórica pelo aumento real do salário mínimo e em prol dos direitos gerais dos trabalhadores.


 



São Paulo, 19 de dezembro de 2006
Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)