CUT critica Serra e planeja atos contra reajuste a secretários

A direção paulista da CUT (Central Única dos Trabalhadores) anunciou que pretende “adotar medidas” contra o reajuste salarial de quase 90% concedido pela Assembléia Legislativa aos secretários estaduais – de R$ 6.262 para R$ 11.885.

Em nota divulgada na noite deste sábado (24/12), a entidade afirma que “repudia” a ação do governador eleito de São Paulo, José Serra, e compara a medida à recente crise gerada pela discussão sobre o aumento dos salários dos parlamentares.


 


“Parece que o futuro governador não compreendeu a mensagem da sociedade brasileira que reagiu de forma indignada ao aumento abusivo recentemente pleiteado por deputados federais e senadores”, diz o documento.


 


Embora o salário do governador não tenha recebido reajuste, Serra se posicionou favorável ao aumento para os secretários. “O salário de um secretário de Estado em São Paulo é da ordem de R$ 6 mil por mês, não tendo tido nenhum reajuste desde 1995”, afirmou o tucano, por meio de nota, na quinta-feira.


 


Quais os critérios?
A medida foi aprovada pela Assembléia na madrugada de sexta. Na visão da CUT-SP, foi Serra quem “pediu e obteve na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo o aumento de 89% nos salários de seu secretariado”.


 


“Queremos saber qual o critério utilizado para o reajuste solicitado por José Serra aos secretários e porque foi votado na calada da noite sem prévio conhecimento e debate público!”, questiona a nota.


 


A CUT-SP diz que vai promover manifestos contra o reajuste, assim como fez com relação ao aumento dos salários dos parlamentares. “Não vamos aceitar calados mais esta atitude de descaso com a sociedade!”, diz a nota.


 


“Vamos estender a ampla participação popular no abaixo assinado impresso e eletrônico que demonstra a indignação da população com aumentos abusivos a mais esta atitude de traição com o povo de São Paulo.”


 


Fonte: Folha Online