Laptop de US$ 100 é exibido em São Paulo
Apesar de ainda ter obstáculos consideráveis para tornar-se uma realidade, o projeto 2B1 foi apresentado na última sexta-feira na USP, em São Paulo. O aparelho, que ficou conhecido como o Laptop de US$ 100, mostra sinais de evolução.
Publicado 27/12/2006 12:53
Na última sexta, em uma sala da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, algumas das primeiras unidades experimentais do portátil foram avaliadas por seu futuro público-alvo: usuários com idades que variam entre os seis e os 12 anos.
A criançada elegeu como principais atrações do 2B1 a webcam e o programa Tam Tam, que simula o som de instrumentos musicais, mas havia uma série de recursos inacabados ou inoperantes.
O mais preocupante deles era a falta de bateria. Até agora os criadores do projeto não definiram o modelo de alimentação que tornará o 2B1 viável em relação ao preço e desempenho.
O idealizador do projeto, Nicholas Negroponte, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, já assumiu que a meta dos US$ 100 pode não ser alcançada. Nos protótipos avaliados pela USP, as telas dos laptops mostravam imagens com definição de até 1.024×768 pixels, conforto que deverá custar caro para ser produzido.
A lentidão do sistema, que leva cerca de dois minutos para ser iniciado, é outro entrave. Para Roseli Lopes, uma das profissionais da USP que avalia o 2B1, o projeto é o “embrião de uma revolução”. De fato, os protótipos apresentam conceitos inovadores para os estudantes de baixa renda. A tela do portátil gira 360 graus e fecha, transformando o 2B1 em um caderno digital bastante leve, controlado por botões que lembram um videogame.
Não por acaso, o teclado dos protótipos do 2B1 já vinham com o botão de cedilha em seus teclados. O Brasil é um dos países que mais apóia a iniciativa do MIT.