Lula veta cortes em educação e saúde no pacote fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu excluir a redução de despesas em educação e saúde das discussões sobre medidas fiscais do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), cujo proposta final deve ser apresentada ao país em 22 de janeiro.

Lula deixou claro aos ministros que quer aumentar o gasto educacional para cumprir a promessa de campanha de priorizar a área. Além disso, ordenou que o setor tenha mais recursos na comparação com as demais. Em relação à saúde, disse ser inviável politicamente reduzir despesas.



No entanto, o presidente determinou que os gastos em saúde não subam, mas que sua gestão seja otimizada. Nas reuniões sobre o PAC, parte da equipe econômica propôs redução de despesas em saúde e educação.



''Nas reuniões, o presidente foi claro ao dizer que a equipe econômica deverá fazer um monitoramento de todos os gastos do governo. Afirmou que precisamos melhorar a gestão dos recursos e qualidade do gasto. Na saúde, disse que devemos fazer mais com a verba que temos. Na educação, vai cumprir a promessa de campanha de aumentar os investimentos'', disse o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).



Acréscimos
Com a aprovação do Fundeb, o fundo de financiamento da educação básica, a União deverá destinar R$ 2 bilhões em 2007 para o setor. A intenção é chegar a mais de R$ 5 bilhões em 2010.



O orçamento do Ministério da Educação para 2007 é de cerca de R$ 26 bilhões. O da Saúde, de R$ 46 bilhões.



Para reduzir despesas nessas áreas, o governo teria de comprar briga com o Congresso. A Constituição estabelece percentuais mínimos que União, estados e municípios devem aplicar nos dois setores.