Concessão de trechos de sete rodovias será definida com Lula, diz ministro

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse hoje (11) que as licitações para a concessão de sete trechos rodoviários federais ao setor privado serão decididas na próxima semana, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo

Ontem (10), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que iria reavaliar os processos de licitação dos trechos de sete rodovias: BR-153 (em São Paulo), BR-116 (de Curitiba ao Rio Grande do Sul), BR-116 (de São Paulo a Curitiba), BR-101 (da Ponte Rio-Niterói ao Espírito Santo), BR-393 (de Minas Gerais à BR-116 no Rio), BR-381 (de Belo Horizonte a São Paulo) e as rodovias BR-116/376/101 (de Curitiba a Florianópolis).


 


“Eu disse ontem que o assunto estava em avaliação pelo governo federal e que não havia, em relação a ele, nenhuma decisão. Essa decisão ocorrerá nos próximos dias, quando teremos uma reunião com o presidente da República. Se o assunto está em avaliação, ele não foi suspenso e, evidentemente, é dentro desta compreensão que nós devemos tratá-lo”, disse o ministro.


 


Passos visitou hoje trechos de rodovias danificados pelas chuvas que caíram no estado nos últimos dias. E afirmou que se as chuvas cederem a BR-356, que teve dois trechos rompidos pelas forças dos rios, além de afundamentos na pista, poderá ser  parcialmente liberada em 45 dias.


 


Sobre a reforma da Ponte General Dutra, sobre o Rio Paraíba do Sul, o ministro informou que em 120 dias ela poderá ser reformada e voltar a integrar a BR-101. Como alternativa, o governo estadual anunciou que Ponte de Campos, que está em construção, poderá ser concluída em 40 dias.


 


Vitória do Crea/PR


 


Foi do Crea/PR o laudo técnico que recomendou a paralisação da privatização das rodovias federais. Por isso, o presidente do Crea, Álvaro Cabrini, faz questão de ressaltar a importância do anúncio feito nesta semana pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que pôs fim ao processo de concessão das rodovias federais que cortam o Paraná. “A decisão do governo Lula se embasou tecnicamente num laudo imparcial expedido pelo Crea do Paraná a pedido do Procurador do Ministério Público Federal, Elton Venturi, e da Justiça Federal”, frisa.


 


Durante solenidade de posse dos conselheiros do Crea nesta semana, o vice-governador Orlando Pessuti testemunhou que “se não fosse a participação efetiva dos engenheiros, arquitetos e agrônomos na luta contra a privatização da Copel a empresa teria sido vendida em 2001”. Ainda segundo o vice, “foi a partir de um seminário sobre energia é que o movimento contra a privatização ganhou as ruas”. Pessuti também elogiou a constituição de uma Comissão Mista que vai debater o complexo portuário paranaense.


 


O Crea pretende bater duro na intenção de alguns setores que sonham em abrir o Porto de Paranaguá ao capital privado. Para o órgão, isso abriria uma brecha para que a autarquia – que é uma concessão federal – seja privatizada no futuro. Em virtude da especulação privatista, os engenheiros pretendem fazer uma ampla consulta à sociedade paranaense sobre o tema.



Ainda sobre o Porto de Paranaguá. A Comissão Mista para o Controle Social do Complexo Portuário pretende discutir a realização do “I Seminário Paranaense de Infra-estrutura Portuária”, durante a primeira reunião do fórum que acontecerá no próximo dia 12 de fevereiro. Pela proposta inicial do Crea, o evento reuniria especialistas brasileiros e estrangeiros em Curitiba.


 


Da redação,
com agências