Entidades se unem a metroviários em frente sobre tragédia
Seis dias após o maior acidente da história do Metrô paulista, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e a Federação Nacional dos Metroviários (Fenamentro) lançaram uma frente de trabalho para ajudar nas investigações da tragédia. O grupo, deliberado em
Publicado 18/01/2007 18:07
Após o desmoronamento de um canteiro de obras da Estação Pinheiros, na última sexta-feira, uma cratera se abriu no local e sugou caminhões, uma van e ao menos seis pessoas. Não há sobreviventes. O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) é órgão responsável por apurar as causas do acidente. Na opinião dos metroviários, a sociedade civil também precisa investigar, por meio de suas entidades, para dar transparência ao processo.
O sindicato da categoria e a Fenametro já receberam a adesão de entidades como Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô do Estado de São Paulo (AEAMESP).
O grupo formado na reunião desta quinta vai pleitear, formalmente, sua participação nas investigações. Também deve reivindicar a realização de uma vistoria nos demais trechos da obra, com o objetivo de dar satisfação à sociedade sobre as condições de segurança do que já foi construído. As entidades desconfiam da idoneidade do IPT, que, embora seja público, pode estar sob pressão do governo do estado e do Metrô.
Manifestações
O Sindicato dos Metroviários solicitará uma reunião urgente do grupo com o governador José Serra, para que possa lhe entregar um ofício cobrando sua participação nas investigações. O documento será elaborado na próxima segunda-feira, em nova reunião que acontecerá na sede da entidade.
As primeiras manifestações – ato público e panfletagem – estão marcadas para amanhã (19). A partir das 6 horas, os metroviários farão distribuição do Jornal do Usuário nas estações Praça da Sé, Jabaquara, Itaquera e Barra Funda.
A Fenametro e o sindicato promovem ato público, às 16h30, na estação Sé do Metrô. O objetivo da atividade é denunciar os acidentes que vêm ocorrendo na Linha 4 (Amarela). Levantamento da categoria indica que, desde 2005, já houve 11 acidentes durante a execução das obras.