Câmara: 24 do PDT tendem para Aldo mas só decidem na véspera

Na votação que elegeu Aldo, em setembro de 2005, o PDT lançou o deputado Alceu Collares (RS), no primeiro turno, mas no segundo turno deu um apoio decisivo a Aldo, que venceu Thomaz Nonô (PFL-AL) por apenas 15 votos. Severiano Alves acredita que este papel decisivo pode se repetir.

“O PDT é que vai decidir a eleição novamente, como já aconteceu na eleição passada. Isso, porque prefiro confiar em 24 deputados unidos do que numa bancada que tem 90 deputados, mas vai para a eleição dividida. Hoje a tendência é pró-Aldo, apesar de ainda estarmos apenas conversando entre nós. Nunca é demais lembrar que foi o PDT que definiu a eleição passada”, sublinha ele.

Segundo Severiano Alves, o fato de o presidente Lula ter dito que o Planalto não interferirá na disputa, foi positivo, pois liberou os partidos. Se o governo tivesse se posicionado a favor do candidato petista Arlindo Chinaglia (SP), o PDT, por ter optado por compor a base, estaria praticamente obrigado a seguir a determinação.

Fruet, oposicionista, é descartado

“O Planalto liberou para o PDT tomar qualquer decisão. Isso nos possibilitou uma decisão mais consciente, e não ficar com o voto preso no candidato do Planalto”, afirmou.

No dia anterior, o presidente do PDT, Carlos Lupi, descartou o apoio à candidatura do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), pela chamada terceira via para a presidência da Câmara. “Nós oficializamos na sexta-feira (12) a nossa entrada no governo de coalisão. Não teria sentido nós apoiarmos alguém que não seja de um dos partidos dessa base”, afirmou Lupi.

Segundo Lupi, a legenda enviou a Aldo e Chinaglia um documento, com a exigência de compromissos no caso da vitória de um dos dois na disputa pelo comando da Câmara. “Nós devemos aguardar a resposta do Aldo e do Chinaglia entre hoje e amanhã. Daí, nós vamos reunir e decidir”, acrescenta.

Da redação, com agências