Marcha das Margaridas brasileiras será tema do 7º FSM

De acordo com a coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres da Contag e vice-presidente nacional da CUT, Carmem Foro, o FSM permite que a Marcha esteja conectada com outras ações realizadas pelos movimentos sociais do mundo.

Marcha “não pode ser desconectada”

“É importante compreender o que acontece em nível mundial e acompanhar os debates sobre o tema ‘igualdade’. Assim, nossa participação representa uma troca de conhecimentos e serve para divulgar todo o debate que propomos na Marcha das Margaridas. Afinal, ela não pode ser desconectada do que está acontecendo com relação às grandes prioridades dos movimentos sociais do mundo, cujos reflexos são sentidos no Brasil”, explicou Carmem Foro.

O Fórum Social Mundial acontece na África pela primeira vez. A capital do Quênia, Nairobi, será palco do evento entre os dias 20 e 25 de janeiro. Além de Carmem Foro, também representará os trabalhadores e trabalhadores rurais brasileiros o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da Contag, Alberto Broch.
O vice-presidente explica que a participação no evento é importante para a articulação mundial da Contag. “Atualmente temos parceria com centrais sindicais e movimentos campesinos de outros paises. Em Nairobi estaremos participando de atividades com o Fórum Mundial de Pescadores. Aliás, queremos estreitar mais essas relações entre a Contag e campesinos, agricultores familiares e pescadores artesanais”, destacou.

Plantadores de café do mundo, uní-vos

A Contag deve participar também de uma atividade mundial com o trabalho em parceria com a SNV e a coalizão Café da Holanda. A idéia é discutir a problemática mundial dos trabalhadores assalariados e dos agricultores familiares do café e as perspectivas para o setor.

O Conselho Internacional do FSM definiu alguns temas para discussão no encontro de Nairobi: pelo acesso universal e sustentável aos bens comuns da humanidade e da natureza; pela construção de uma economia centrada nos povos e na sustentabilidade; pela construção de estruturas políticas realmente democráticas e instituições com a participação da população nas decisões e controle dos negócios e recursos públicos.

O Quênia, país sede da edição atual do Fórum, possui cerca de 31 milhões de habitantes. Metade da população economicamente ativa está desempregada. A expectativa de vida é de apenas 47 anos e 22% da população é analfabeta.

Fonte: http://www.contag.org.br/