Exposição e shows marcam início da 5ª Bienal da UNE

Também estão programadas apresentações dos grupos culturais Jongo do Quilombo São José, Orquestra de Berimbau, Rio Maracatu e Xirê. Às 23h30, na tenda Terreiro Lado C (Arcos da Lapa), o DJ Perssan (Ta Na Rua) se apresentará, sendo seguido, à 1 hora de domingo, por Bandalheira Paidégua e Banda Em Casa.

Marca desta edição do evento, a valorização da cultura negra e das relações entre África e Brasil foi inspirada na obra do diplomata e ex-presidente da ABL, Alberto da Costa e Silva. O objetivo é despertar a reflexão dos estudantes sobre a influência africana na formação da cultura popular brasileira.

A Bienal também se somará, neste ano, às comemorações dos 70 anos da UNE. É nesse sentido que será lançada, na própria Fundição Progresso, a exposição Memória do Movimento Estudantil, com a presença do escritor Ferreira Gullar e do músico Carlos Lyra – os dois artistas já foram integrantes da UNE.

Além das mais de 150 atividades oficiais (entre shows, debates, oficinas e mostras universitárias), os estudantes vão iniciar a campanha “UNE de volta para casa – eu também apoio”, pela recuperação do antigo terreno na praia do Flamengo, tomado em 1964 pela ditadura militar.

Nesta edição do evento, a UNE também fortalece sua aproximação com as áreas de esporte, inclusão digital, diversidade sexual, ciência e tecnologia. Haverá mostras convidadas e universitárias, com trabalhos de estudantes de todo Brasil em áreas como de artes cênicas, cinema e vídeo, artes visuais, música e literatura.

Os organizadores anunciam, ainda, passeatas e intervenções urbanas. A 5ª Bienal teve mais de três meses de preparação, dezenas de pessoas envolvidas e mobilização em quase todos os estados. Maior festival universitário da América Latina, o evento se estende até o próximo dia 2, na região da Lapa.