Para Berzoini, Aldo foi ''inadequado'' e ''deselegante'' com PT

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), criticou as críticas ao PT feitas pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), em suas palavras finais no debate entre os candidatos à presidência da Casa nesta segunda-feira (29). ''A at

Para Berzoini, Aldo também foi ''deselegante'' com o PT. ''Não é um gesto elegante. Elegância é bom para consolidar lideranças'', afirmou. ''Sempre o tratamos de maneira qualificada e acreditamos que a recíproca pode existir. Ele [Aldo] tentou criar um ambiente de rejeição ao PT que não existe'', ressaltou.



Aldo questionou poder de ''um único partido''



Nas considerações que fez ao fim do debate, Aldo fez uma dura crítica ao PT. ''Não creio que, em nome da democracia e do equilíbrio dos poderes de um país se dê ainda mais força e poder a um único partido. Não julgo prudente, não julgo equilibrado, não julgo bom, nem para a democracia, nem para o país, nem para o próprio Partidos dos Trabalhadores, a concentração de tanto poder em suas mãos. A Câmara é a Câmara de todos –  a Câmara do governo, a Câmara da oposição, mas é, acima de tudo, a Câmara dos Deputados do povo brasileiro'', afirmou.



Para o deputado comunista, que concorre à reeleição na próxima quinta-feira, foi certo explicitar suas críticas. ''É bom encerrar o debate com opiniões firmes e claras. Ruim é omitir sua opinião sobre a disputa. Não houve hostilização. É uma diferença de opinião entre PT e PSB e PCdoB'', disse, referindo-se aos dois partidos de esquerda que apóiam sua candidatura.


 


''Revólver de tinta''



O deputado e senador eleito Renato Casagrande (PSB-ES) defendeu Aldo Rebelo no episódio. ''Ninguém vai para a guerra com revólver de tinta'', afirmou. A defesa de Casagrande, tido como um porta-voz não oficial da campanha de Aldo, expressa a insatisfação, partilhada pelo PSB, com o tratamento do PT com os aliados.


 


Socialistas e comunistas têm sido participantes históricos do projeto concretizado no governo Lula. O PCdoB, como lembrou Aldo, esteve com Lula em todas as suas cinco campanhas presidenciais; o PSB também, embora nem sempre nos primeiros turnos.



Da redação, com agências