Parlamentares elogiam debate e destacam seus candidatos

“Nós, novos deputados, temos a expectativa de chegar numa Casa que trabalhe com amplitude e diálogo com todas as bancadas e seja reconhecida pelo povo como um importante instrumento para o avanço do país”. A avaliação é da comunista Manuela D´Ávila (RS

Manuela, que cumpre o primeiro mandato como deputada federal a partir do dia 1o de fevereiro, sintetiza duas personagens lembradas nas falas dos candidatos – os novos parlamentares e as mulheres.


 


A deputada gaúcha, assim como  a companheira de Partido, Alice Portugal (BA), assume a preferência por Aldo. “No debate de hoje, ficou claro que Aldo (Rebelo) representa a democracia e a pluralidade que a Câmara dos Deputados necessita”.


 


Concorrem ao cargo os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR).


 


A deputada Alice Portugal também elogiou o desempenho do colega comunista. “Os debates tem mostrado que a candidatura do deputado Aldo Rebelo representa uma posição de equilíbrio e respeito a todas as forças políticas da Câmara dos Deputados, contando com apoios transversais de diversos partidos, da oposição e da situação, recuperando a auto-estima do parlamento e construindo um caráter harmônico entre os poderes e não apenas homologatório”.


 


Sem influências


 


Para líder da bancada do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), que também acompanhou o debate, o candidato petista “demonstrou claramente que está preparado e tem maturidade, conhecimento e experiência para dirigir a Câmara Federal com equilíbrio e em sintonia com os interesses da população brasileira”.


 


Fontana, a exemplo dos demais parlamentares, considerou o debate importante. Mas, na sua avaliação, o debate terá “influência pequena” no resultado da eleição. “O debate é muito bom porque a sociedade tem que acompanhar da maneira mais profunda possível tudo o que ocorre dentro da Câmara, disse, acrescentando que “mas o debate contribui de maneira menos importante do que um conjunto de outras informações de caráter político e programático”, finalizou.


 


Já deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) acredita que o debate deverá ter uma grande influência para os mais de 200 deputados novos ou que retornam à Casa depois de um intervalo de quatro anos.


 


“Quem vai decidir a eleição são aqueles que estão chegando, não os que já estão na Câmara”, ressaltou. Na opinião do deputado, dois candidatos deram passos importantes no debate: o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que teve o melhor desempenho na avaliação de Lorenzoni; e Gustavo Fruet (PSDB-PR), por ter maior respaldo na sociedade.


 


Para Lorenzoni, a eleição terá segundo turno, mas ainda é impossível dizer quem serão os candidatos escolhidos.


 


Terceira via


 


O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) analisa o evento sob o ponto de vista institucional. “Pela primeira vez tivemos a oportunidade de debater a importância da Presidência da Câmara dos Deputados para o país, pautando temas como estrutura da Casa, condições de trabalho e, principalmente, a sua missão institucional”, afirmou.


 


Ele lembrou a crise política que marcou a legislatura que se encerra. Segundo Barbosa, o fato contribuiu para uma “perda de referência sobre o significado do Poder Legislativo na estrutura do Estado brasileiro”, acrescentando que “o debate foi uma excelente ocasião para resgatar junto à opinião pública o papel do Parlamento”.


 


Para o deputado tucano Paulo Renato (SP), a realização do debate só foi possível porque a terceira via criou uma nova postura na disputa pela Presidência. “É fundamental que haja debate para que a população familiarize com os termos internos da Câmara e possa pressionar o futuro presidente da Casa”, avaliou.


 


De Brasília
Márcia Xavier
Colaborou: Gustavo Souza