Bolívia deve assumir até maio o controle de 5 petrolíferas

O governo da Bolívia anunciou nesta segunda-feira (29/1) que até maio pretende assumir o controle das cinco empresas do setor petroleiro, duas privadas e três mistas, que foram nacionalizadas pelo presidente Evo Morales no ano passado.

O ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, disse em entrevista coletiva que, com esse propósito, estão em andamento as conversas com as companhias Andina, filial da Repsol YPF; Chaco, do grupo British Petroleum; e Transredes, com participações da Shell e da Ahsmore.


 


Também estão em curso os contatos com a Petrobras Refinación, filial da companhia petrolífera brasileira de mesmo nome, e com a Companhia Logística de Hidrocarbonetos da Bolívia (CLHB), que tem capital peruano e alemão.



Em todas essas companhias, o Estado boliviano prevê controlar pelo menos 50% mais uma das ações, com o intuito de concluir a nacionalização, que avançou parcialmente em outubro passado com a assinatura de 44 novos contratos de operação com 12 multinacionais do setor.



Segundo Villegas, entre fevereiro e março próximos, o governo avaliará os relatórios elaborados sobre as companhias, e, em abril, começarão as negociações para que, “até os primeiros dias de maio”, concretize-se “a recuperação de 50% mais uma de suas ações”.



Alterações na lei
O ministro também destacou que o governo apresentará ao Congresso um novo projeto de Lei de Hidrocarbonetos para modificar, na que está em vigor atualmente, aprovada em 2005, aspectos referentes à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).



Villegas explicou que a atual lei praticamente “esquarteja” a empresa estatal, uma vez que estabelece a instalação de uma sede central em La Paz e vice-presidências e gerências em distintas regiões do país, o que, na sua opinião, prejudica a YPFB.



Da redação, com agências