Bancada do PCdoB se prepara para o embate no plenário da Câmara

Na tarde da disputada eleição da presidência e da mesa, nesta quinta-feira (1º), a lógica que impera na Câmara dos Deputados é centrífuga, pois o voto é secreto. Mas a bancada do PCdoB se reúne, e examina ponto por ponto, desde o discurso que Aldo Rebe

A bancada se completa no fim da reunião, quando chega Alice Portugal (BA), com a compreensível exceção de Aldo. “Mas Aldo já sabe de tudo isso”, explica o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE). Em compensação, o presidente da sigla, Renato Rabelo, e outros membros da Executiva acompanham o encontro.



O discurso da amplitude



Quando o tema é o discurso de Aldo, a ênfase vai para a defesa de alianças amplas, plurais, e para o resgate desta política na trajetória do Partido. Recorda-se episódios como o voto em Tancredo Neves, no Colégio Eleitoral em 1984, com o PCdoB ainda na ilegalidade, e o apoio à Constituição Cidadã de 1988, após a dura batalha da Contituinte.


 


Nas entrelinhas, há aí uma esperteza. Em ambos os casos o PT, concorrente do momento, isolou-se ao não ir ao Colégio e nem votar a Carta de 88.
O exame chega a cada cargo, com a apreciação das candidaturas, às vezes únicas, às vezes disputadas. Renildo faz algumas indicações de voto, dentro da lógica de alavancar a candidatura Aldo. Em vários casos não se fecha questão. A expectativa é de que só haja segundo turno para dois dos cargos em disputa: a presidência e a primeira secretaria.



Em seguida, partem todos. “O melhor lugar é o plenário”, recomenda o líder. Ali, dentro de algumas horas, decide-se o principal embate político desde as eleições de outubro.



Bernardo Joffily,
de Brasília