Câmara vai para 2º turno; Aldo festeja, Arlindo teme

Entre os comandantes da candidatura de Aldo, o cálculo era que ela se viabilizava a partir dos 180 votos no primeiro turno. E de uma preformance não desapontadora do terceiro candidato, Gustavo Fruet (PSDB-PR). Isto com a ressalva de que era um ''raciocínio cartesiano''. Votaram 512  deputados, com a única exceção de Camilo Cola, que se sentiu mal e deixou o plenário.

A ''não cartesiana'' eleição de Severino

 Na vervosa tarde deste 1º de fevereiro, é lembrada como alternativa ''não cartesiana'' a penúltima eleição de Severino Cavalcanti, dois anos atrás.

Dois anos atrás, com a base do governo dividida, o candidato oficial petista, Luiz Eduardo Greenhalgh, teve 207 votos no primeiro turno. Mas caiu para 195 no segundo, perdendo para Severino Cavalcanti.

Na votação de hoje, o resultado tende a ser definido pelos eleitores de Fruet, que podem se inclinar tanto para um como para outro candidato. Numa votação sob suspense, os três deputados do PSOL também conta: eles se abstiveram no primeiro turno mas prometeram votar em Aldo em caso de segundo turno.

Chinaglia apostou no primeiro

O PT e os demais partidários da candidatura Arlindo Chinaglia apostaram pesado, nos dois últimos dias, numa vitória já no primeiro turno. Adquiriram assim a vantagem de afirmar o favoritismo do candidato, mas criaram o perigo de gerar um clima de baixo astral em caso de segundo turno.

No plenário, o professor Luizinho (PT-SP), afirmava estar confiante. ''Se não ganhar no primeiro, ganha no segundo'', disse. Não se comentou na bancada o episódio da candidatura Greenhalgh? ''Aquilo foi um acaso, não vai se repetir'', descartou Luizinho.

O anúncio foi feito por Henrique Eduardo Alves, que preside a sessão na qualidade de deputado mais antigo. Ele está na Câmara desde 1970, pelo MDB e depois pelo PMDB.

De Brasília,
Bernardo Joffily