Lula demonstra otimismo com eleição na Câmara

A disputa entre os três candidatos –Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR)– deve ser definida nesta tarde, em segundo turno.

“Eu acho pouco provável uma vitória da oposição. Aliás, eu acho que o Congresso Nacional, com todas as suas divergências, sempre teve uma cultura que precisa ser respeitada”, disse o presidente, ao lembrar que tradicionalmente as presidências do Senado e da Câmara ficam com as maiores forças políticas dentro das Casas.

“Essa é uma prática histórica que não foi quebrada nem no regime militar. E ela é saudável para que haja um aumento do respeito entre os partidos políticos, para que haja a necessidade de as pessoas saberem que acordos firmados serão cumpridos”, disse o presidente a jornalistas, ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), onde participou da sessão especial de abertura do ano judiciário.

Referindo-se a Aldo e a Chinaglia, Lula reforçou que “os dois candidatos que fazem parte da base aliada têm chances de ganhar as eleições”. Questionado sobre as feridas políticas decorrentes dessa disputa, o presidente disse que “um pouco de mercúrio resolve todos os problemas”.

A base aliada acabou ficando com dois candidatos à presidência da Câmara no início de dezembro, quando o PT decidiu lançar Chinaglia para fazer frente à reeleição de Aldo, que já tinha o apoio de Lula. De olho em cargos dentro e fora do parlamento, o PMDB decidiu embarcar na candidatura do petista, após acordo entre os presidentes das duas legendas.

Com agências