Cebrapaz participa de jornada antiimperialista em Sevilha

O dia de ontem foi dedicado a exposições sobre a situação do Oriente Médio, com intervenções de representantes da resistência iraquiana, da Palestina e da Frente Polisario do Sahara, alem do Conselho Mundial da Paz (CMP). Neste sábado o dia está dedicado à América Latina.

O diretor do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), Ronaldo Carmona, participa das jornadas e fez a exposição de abertura dos trabalhos do dia de sábado. Carmona apresentou um painel sobre a nova situação da América Latina e, em especial, sobre a atual situação brasileira. No painel, o diretor do Cebrapaz destacou o ascenso de um ciclo de vitórias progressistas na América Latina como importante fato novo na resistência ao imperialismo no mundo e suas conseqüências inéditas para o avanço da integração latino-americana.

Sobre o governo Lula, Carmona destacou as amplas possibilidades de avanço das mudanças que se abrem a partir das condições que levaram ao segundo mandato, com uma forte polarização com a direita neoliberal e um programa desenvolvimentista. Observou ainda a importância de haver um governo progressista no Brasil para a luta antiimperialista no mundo, ressaltando o freio à ALCA e a revitalização do Mercosul no âmbito da América Latina, e para o mundo, as iniciativas que buscam reagrupar os paises em desenvolvimento e relançar a lata Sul-Sul.

As jornadas antiimperialistas de Sevilha se encerram no domingo (4/2) com uma grande marcha, denominada “Sevilha pela Paz”, que promete reunir milhares de pessoas pela ruas da capital andaluz.

Reunião de Partido Comunistas
Ronaldo Carmona, que também é da Comissão de Relações Internacionais do PCdoB, aproveitou a presença em Sevilha para participar, como convidado, de uma reunião de Partido Comunistas europeus, organizada pela GUE/NGL (Esquerda Unida Européia-Esquerda Verde Nórdica), o bloco dos Partidos de Esquerda no Parlamento Europeu. A reunião, denominada “Pela Paz e Solidariedade entre os Povos”, repercutiu a nota sobre a Otan aprovada no Foro de São Paulo, em El Salvador no inicio de janeiro, agregando a esta assinaturas de mais de 60 novos partidos.

A nota alerta para os riscos de que a militarização do mundo nos leve à catástrofe e defende que um mundo socialista é possível. Além do anfitrião Partido Comunista Espanhol (PCE) e do PCdoB, na condição de convidado, participaram os Partidos Comunistas de Portugal, Espanha, Franca, Grécia, Boemia e Moravia, Refundação Comunista da Itália e Partido da Esquerda Alemã.

Da Redação, com informações direto de Sevilha