Amorim admite que preço do gás boliviano “é injusto”

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reconheceu nesta quarta-feira que o Brasil precisa pagar mais pelo gás natural importado da Bolívia para a cidade de Cuiabá (MT). “O preço do gás de Cuiabá é injusto e está sendo corrigido”, admitiu. Mas A

“Quando há uma relação madura é mais fácil. Essa relação com a Bolívia está sendo construída. Em negociações como essa sempre surgem novas reivindicações e propostas. São coisas que acontecem quando a relação é nova”, salientou Amorim.



“Relação não é só gás”



A renegociação dos acordos que já estavam prontos causou mudanças nas agendas dos dois presidentes. Lula teve que adiar compromissos e Morales cancelou a visita que faria ao Congresso Nacional. A coletiva de imprensa com os dois presidentes foi adiada para a noite. Esta é a primeira visita de Estado de Evo Morales ao Brasil. Ele já veio ao país após ser eleito, mas antes de empossado, e esteve também na recente cúpula do Mercosul.



As negociações atrasaram ainda mais porque um grupo de ministros da Bolívia só chegou ao Brasil às 15h porque o avião presidencial boliviano não comportava todos os integrantes do governo de uma vez e uma forte chuva atrapalhou o vôo. Pela manhã, chegaram ao Brasil apenas Evo, dois assessores e dois ministros.



Amorim confirmou que o tema do gás foi discutido durante reunião da tarde de hoje entre os dois presidentes, no Palácio do Itamaraty. “Trataram, sim, sobre gás, mas esse é um tema que envolve muitos aspectos. A questão do gás é importante, mas não queremos que a relação bilateral tenha apenas o domínio do gás. A negociação não é só essa, ela passa por um conjunto de coisas, cooperação econômica, social”, observou ainda Amorim.



Da redação, com agências