Lula lança política de desenvolvimento regional e pede empenho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na tarde desta quinta-feira, o decreto que cria a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), projeto voltado à redução das desigualdades por meio de financiamentos públicos e à valorização das

Ao assinar o documento instituindo a PNDR, Lula pediu empenho a governadores e prefeitos para que este projeto não seja inviabilizado por questões burocráticas, como freqüentemente ocorre em políticas governamentais.


 


“Vamos estabelecer um conjunto de conversas com os governadores. Na hora que formos começar a fazer as obras, vamos chamar governadores ou prefeitos das cidades e fazer um protocolo para que todos nós fiscalizemos para que as obras aconteçam. Se elas acontecerem, não importa quem ganhou, o que importa é que  povo brasileiro vai viver um pouco melhor”, afirmou Lula. “Acabou-se o tempo em que o governo anunciava uma coisa e ela não acontecia. Eu li, reli, recebi conselhos de ex-presidentes. O que não faltam são olhos para enxergar os problemas e evitar que o projeto seja executado”, criticou.


 


O governo trabalha com estimativas de R$ 9,3 bilhões para projetos de infra-estrutura nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. “O governo vem trabalhando para que o desenvolvimento regional se torne uma prática cotidiana”, disse Lula. “O desenvolvimento vai padecendo sobre a pressão de quem tem força para fazer pressão. Agora o Brasil tem que ser pensado globalmente, mas antes tem que ser pensado localmente, regionalmente”.


 


Desenvolvimento e PAC


 


A Política Nacional de Desenvolvimento Regional é considerada pelo governo “um importante instrumento para a implementação” do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. Para Lula, é preciso “dar esperança a todos” realizando obras de grande impacto para a população carente, mesmo sem viabilidade econômica para o investidor.


 


Como uma forma de evitar o desvirtuamento do propósito desenvolvimentista, o presidente destacou que está “acompanhando o PAC com lupa”. “Estamos pensando o Brasil tão ou mais seriamente do que já foi pensado na história, (…) levando oportunidades a quem não teve oportunidade ainda”, disse.


 


Fonte: Santafé Idéias