Metrô pode entrar em greve a partir de terça-feira (27)

Por Carla Santos


A assembléia do Sindicato do Metroviários de São Paulo realizada ontem (22) decidiu entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (27). Os trabalhadores reivindicam os pagamentos relativos a Participaç

Horas antes da assembléia convocada pelo Sindicato doa Metroviários, lideranças reuniram-se com José Jorge Fagali, Diretor Administrativo Financeiro da Companhia, na esperança que uma proposta satisfatória fosse apresentada à categoria. Fagali está respondendo pela Companhia do Metrô desde ontem, quando o presidente da Companhia Luiz Carlos Frayze David foi exonerado. Como não foi possível chegar a um acordo a categoria decidiu por greve por tempo indeterminado à partir desta terça-feira (27).


 


Governo pode reverter greve na segunda


 


Uma nova reunião com o sindicato foi solicitada pela Companhia do Metrô para segunda-feira (26). Se a Companhia mudar sua posição com relação ao pagamento da PR os trabalhadores, que já tem assembléia convocada para segunda às 18 horas, podem voltar atrás na sua decisão.


 


O impasse se deu porque a Companhia quer mudar o período do pagamento da PR de agosto/06 à julho/07 para janeiro a dezembro de 2007. Com isso, se propõe a negociar os valores de agosto a dezembro de 2006, para que em janeiro comece um novo contrato. O sindicato já declarou que pode aceitar um novo contrato para 2007, desde que as dívidas relativas a 2006 sejam pagas. O Metrô, porém, se mantém irredutível no não pagamento da dívida.    
 
 


400 mil a mais de usuários e nada da participação nos resultados
 


 


O Metrô está transportando uma quantidade maior de usuários com a extensão da Linha 2 e implantação do Bilhete Único. O número de cidadãos que passam pelo sistema subiu de 2,4 milhões para 2,8 milhões, enquanto o quadro de funcionários é reduzido cada vez mais, gerando sobrecarga, horas extras e acúmulo de funções. Contudo, os metroviários estão mantendo a qualidade do serviço prestado à população.
 


 


''Não há nada mais justo que a categoria tenha participação nos bons resultados obtidos graças ao trabalho dos metroviários”, alega o sindicato.
 


Caso o impasse não seja resolvido na segunda-feira (26), à partir da meia noite de terça-feira (26) mais de 2 milhões de pessoas podem ficar sem o transporte. “Não vamos deixar nossa PR ir para o buraco”, diz o sindicato.