O presidente do TSE elogia proposta de reforma política da OAB

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, apoiou as propostas de reforma política apresentadas pelo presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados (OAB), Cezar Britto, no início da tarde desta quinta-feira (1º

“A sociedade reclama providências, reclama correção de rumos”, observou, ao demonstrar simpatia pela proposta de revogação popular de mandatos, chamada recall, em tramitação no Congresso Nacional. (Por meio do recall, a população teria como revogar o mandato de um político eleito, mas que rompeu a confiança nele depositada).


 


Com recall, políticos ''mais atentos''



Para o presidente do TSE, eo recall pode fazer com que aqueles que foram escolhidos representantes “se mantenham mais atentos” ao fato de que foram eleitos para defender a causa pública e não, interesses isolados e momentâneos.



Também sobre a urgência da reforma Marco Aurélio foi enfático. ''A reforma política tem que ser empreendida antes do período crítico que antecede as eleições. O tempo urge. Que corramos. Que não fique essa reforma política apenas na vitrine, apenas no papel, apenas no campo formal. Que ela venha com concretude e eficácia'', disse ainda.



O ministro disse acreditar na votação da minirreforma no prazo de 30 a 60 dias pela Câmara. A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) também defendeu esta semana o prazo de até oito anos para que a reforma entre em vigor como forma de reduzir as resistências dentro do Congresso em relação à matéria.



Marco Aurélio solidarizou-se também com a proposta da Ordem que suprime as reeleições. ''Acho que a reeleição se mostrou, nos diversos patamares da vida nacional, algo que não é positivo. Por que? Porque quase sempre temos a confusão entre a atividade decorrente do cargo e a atuação como candidato'', disse ele.
Nesta sexta-feira (2), pela manhã, Cezar Britto entrega as propostas de reforma política do Conselho da OAB ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Clique aqui para ver a íntegra da proposta da OAB .



Da redação, com agências