“Complô do inimigo”: Irã denuncia filme com Rodrigo Santoro

O filme 300 – do qual participa o ator brasileiro Rodrigo Santoro – foi considerado pelo governo iraniano como “um complô que faz parte da guerra empreendida pelo inimigo”, segundo o porta-voz Gholamhossein Elham. Com história ambientada na batal

Dirigido por Zach Snyder (de Terra dos Mortos) e repleto de efeitos especiais, 300 foi lançado no final de semana passado nos Estados Unidos e já arrecadou 70 milhões de dólares nas bilheterias norte-americanas. A produção é baseada na graphic novel Os 300 de Esparta, de Frank Miller – o mesmo de Sin City.


 


Narra o sacrifício de 300 espartanos que formaram um exército liderado por Leônidas (Gerard Butler), para defender o estreito das Termópilas e impedir o avanço das numerosas tropas persas do rei Xerxes (interpretado por Santoro). Xerxes esperava invadir e conquistar a Grécia – num embate entre o Ocidente e o Oriente.


 


“Invasão cultural”
A obra foi criticada também por alguns jornais iranianos que lamentaram a maneira como os persas são representados – um povo “com sede de sangue, não civilizado e brutal”. O filme, disse Elham, faz parte de uma “invasão cultural do inimigo” que pretende “distorcer e insultar a cultura do nosso país, roubando a sua identidade”.


 


“Nenhuma nação aceitaria uma coisa parecida. É um comportamento hostil que se baseia sobre uma guerra cultural”, completa o porta-voz do governo iraniano. “É um complô que faz parte da guerra do inimigo, na qual eles serão os perdedores.”